No Recife, Guilherme Boulos cobra do Governo de Pernambuco resposta sobre quem deu a ordem para PM reprimir manifestantes

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José Matheus Santos

Publicado em 04/06/2021 às 16:59
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Guilherme Boulos esteve no Recife durante todo o dia desta sexta-feira (04), cumprindo agenda do PSOL e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Cotado para disputa ao governo de São Paulo em 2022, Boulos marcou presença no ato simbólico de repúdio, em frente à sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), contra a ação repressiva da Polícia Militar (PM) na manifestação do último sábado (29) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Recife.

Junto com movimentos sociais, Boulos indagou o Governo do Estado de Pernambuco sobre quem ordenou o comando de ataque aos manifestantes, que protestavam de forma pacífica contra o governo Bolsonaro.

"Precisamos cobrar do Governo respostas. Não vamos nos calar. Só em Recife houve repressão às manifestações. A gente ir para as ruas, com respeito às normas de distanciamento e higienizacao, é além de um ato de coragem é de revolta. Não podemos deixar o povo morrer e o Brasil ser comandado até o final de 2022 por um presidente genocida", disse Boulos. Ele disse que no dia 19 de junho haverá novo protesto contra Bolsonaro. "Quando o povo vai às ruas em plena pandemia é porque o governo é mais perigoso do que o vírus ", afirmou.

"Temos 470 mil mortos pela Covid-19, 19 milhões de desempregados e voltamos para o Mapa da Fome".

O ato de inauguração da Cozinha Solidária do Brasil na Vila Santa Luzia, na Torre, Zona Oeste do Recife, reuniu correligionários e apoiadores do MTST, idealizador do projeto. "Esta é a 10º cozinha inaugurada pelo movimento no Brasil e foi fruto de uma ocupação de imóvel abandonado pela Prefeitura do Recife", afirma a organização.

boulos mtst Foto: Divulgação

Segundo estimativa, o espaço distribui 2250 refeições, uma média de 320 por dia, no almoço e no jantar para a comunidade recifense. "O projeto cadastrou 164 pessoas da comunidade para mapear o perfil socioeconômico e a partir das informações coletadas e da escuta, pensar políticas e ações de organização e luta que podem ser feitas para o território, além do atendimento regular da cozinha", acrescentam.

"A Cozinha Solidária está fazendo o papel que o governo não faz. Não falamos apenas de comida também são sonhos que se concretizam", afirmou Boulos.

Estavam presentes diversos representantes de movimentos como o Must, Pão e Tinta, Ocupe a Mente , Sintraci, Simpmol, Sindicato dos Rodoviários, Coletivo Muda, Rede de Mulhares Negras, SOS Corpo, MST e Fetape, entre outros.

Marcaram presença na Cozinha Solidária a deputada estadual Teresa Leitão (PT), o ex-prefeito do Recife e deputado estadual João Paulo (PCdoB), e as vereadoras da capital pernambucana Liana Cirne (PT) e Dani Portela (PSol).

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