'Assegurar a democracia vai exigir muito de nós', diz João Campos em alusão a 2022
Nos bastidores do PSB, a fala é considerada alusiva às eleições de 2022. Para o pleito, uma das prioridades do PSB é derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Para o prefeito do Recife, João Campos (PSB), assegurar a democracia no Brasil é um dos desafios que "vai exigir muito" do PSB.
A fala foi publicada no Twitter na noite deste domingo (27).
"O PSB tem marcado posições importantes e apresentando propostas, caminhos para o nosso país tentar superar o seu maior desafio, que é o combate às desigualdades. Hoje, também temos um outro compromisso que vai exigir muito de nós: assegurar a democracia", escreveu João Campos.
O PSB tem marcado posições importantes e apresentando propostas, caminhos para o nosso país tentar superar o seu maior desafio, que é o combate às desigualdades. Hoje, também temos um outro compromisso que vai exigir muito de nós: assegurar a democracia.
— João Campos (@JoaoCampos) June 27, 2021
Nos bastidores do PSB, a fala é considerada alusiva às eleições de 2022. Para o pleito, uma das prioridades do PSB é derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Após ter sido ventilada a hipótese de candidatura própria para a Presidência da República, o PSB deve partir para aliança com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retomou a elegibilidade após a anulação das condenações na Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e da declaração pela Corte da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nos processos da Vara de Curitiba, ou com Ciro Gomes (PDT).
Apesar da campanha tensa entre PT e PSB no segundo turno da eleição do Recife, na qual João Campos venceu Marília Arraes, os dois partidos dialogam para uma possível composição na disputa presidencial.
"A disputa do Recife não vai ser determinante para isso. Uma disputa em uma cidade não será um fator decisivo para uma aliança na eleição presidencial. Temos que dialogar com Lula, com Ciro e com todos do campo democrático, mas uma situação de uma eleição passada em uma cidade não pode definir o rumo de uma estratégia nacional. Agora, de fato, a situação vai afunilando com a entrada do (ex-)presidente Lula na corrida presidencial. É um candidato forte, mesmo estando a mais de um ano da eleição", afirma um integrante do PSB a par das articulações para 2022, sob reserva de fonte.
O ex-presidente Lula vem a Pernambuco provavelmente em julho e quer se encontrar com a ex-primeira-dama Renata Campos e com o governador Paulo Câmara (PSB), que foi escolhido como interlocutor do petista no PSB.
O PDT, internamente, tem ciência da intensificação dos diálogos do PSB com o PT, mas não descartou ainda o apoio dos pessebistas para a provável candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto. No entanto, os pedetistas já deixaram claro que, caso o PSB não apoie Ciro, vão articular palanque de apoio a Ciro Gomes em Pernambuco. Nesse cenário, o PDT não integraria a coligação de apoio a Geraldo Julio, ex-prefeito do Recife e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, que deverá ser o candidato do PSB a governador, embora tenha negado publicamente que seja candidato.
Na eleição de 2020, o PDT apostou todas as fichas em alianças com o PSB em algumas capitais, inclusive no Recife, onde rifou a pré-candidatura do deputado federal Túlio Gadêlha em prol da aliança com João Campos, indicando a vice da chapa Isabella de Roldão. No entanto, desde então, o PSB emitiu sinais de que a aliança no pleito municipal não era uma confirmação de uma aliança nacional para 2022.