'TERRIVELMENTE EVANGÉLICO'

Bolsonaro confirma a ministros indicação de André Mendonça para o STF, diz jornal

Atual chefe da Advocacia-Geral da União deverá substituir o ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta do Supremo no dia 12 de julho.

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José Matheus Santos

Publicado em 06/07/2021 às 13:05 | Atualizado em 06/07/2021 às 13:26
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta terça-feira (06), em reunião ministerial em Brasília, que o atual advogado-geral da União, André Mendonça, será indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal).

A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, do O Globo.

Segundo a CNN Brasil, logo após a fala do presidente, Mendonça fez um discurso de agradecimento aos presentes. Não há data, porém, para o anúncio oficial, que deve ocorrer a partir do dia 13.

O decano da Corte, ministro Marco Aurélio Mello, se aposenta no próximo dia 12.

A nomeação de indicado do presidente precisa ser apoiada por maioria absoluta do Senado Federal após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O nome de André Mendonça encontra resistência em senadores. Um dos que trabalha contra o atual chefe da AGU é o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ do Senado e aliado do presidente Bolsonaro.

Integrantes do Centrão que são alvos de investigações e aliados a Bolsonaro também temem por uma ida de Mendonça ao Supremo pois querem um ministro aliado na Suprema Corte. Essa ala de senadores preferiria a indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras, considerado aliado do governo, ao STF.

André Mendonça é evangélico e pastor presbiteriano. Com isso, atende a um requisito de Bolsonaro, que prometeu nomear um “terrivelmente evangélico” para o Supremo.

Essa será a segunda indicação de Bolsonaro ao STF. Em outubro de 2020, o presidente surpreendeu ao indicar o então desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Kassio Nunes Marques para a vaga de Celso de Mello no Supremo.

Após Marco Aurélio Mello, os próximos ministros a se aposentar no Supremo serão Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, em março e outubro de 2023, respectivamente, no mandato do sucessor de Bolsonaro ou no segundo do presidente, caso seja reeleito, se for candidato nas eleições de 2022.

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