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Após dois meses, não houve punição ao autor de comentários homofóbicos contra Gil do Vigor. Deputado aponta amizade entre conselheiros do Sport

Romero expõe amizade entre Flávio Koury e Gustavo Oiticica e diz que relação é o motivo para falas homofóbicas não terem sido punidas

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JC

Publicado em 07/07/2021 às 15:48 | Atualizado em 07/07/2021 às 16:06
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Romero Albuquerque, deputado estadual e conselheiro do Sport, afirmou nesta quarta-feira, 07, que, ao expor os comentários homofóbicos feitos pelo advogado Flávio Koury contra o ex-BBB Gil do Vigor em um grupo de whatsapp, não imaginava que o caso ficaria impune.

Hoje, quase dois meses após as falas terem sido denunciadas, ele se diz decepcionado e cobra um posicionamento do atual presidente do Conselheiro Deliberativo, Gustavo Oiticica.

"Eu quero, como grande parte da torcida rubro-negra pede nas redes sociais, a expulsão do advogado do quadro de conselheiros, mas o autor das falas preconceituosas mantém uma longa amizade com o presidente e eu acredito que a relação é o motivo do esquecimento do caso".

"Koury e Gustavo são amigos e foram sócios. É claro o uso dessa relação como desculpa para a falta de interesse em punir Koury, que está convencido de que estava certo", disse Romero.

O polêmico episódio repercutiu nacionalmente. Quando Koury enviou um áudio dizendo, entre outras coisas, que a o "tchaki tchaki" de Gil do Vigor, que é torcedor rubro-negro, faria com que "1,2 milhões de pessoas achassem que o Sport só tem viado, só tem bicha", o tempo fechou no Conselho Deliberativo.
Albuquerque deu entrada em um requerimento solicitando a expulsão do advogado do quadro de conselheiros. O Sport se posicionou contra as falas de Koury e, três dias depois, o conselheiro divulgou um pedido de desculpas.

Desde então, na opinião de Romero, Koury tem ganho cada vez mais espaço dentro do grupo.
"Inclusive, este senhor tem concedido entrevistas dando declarações polêmicas sobre a crise vivida pelo clube, como se fosse porta-voz do Conselho Deliberativo, contribuindo diretamente com a pior crise interna do clube. Uma maldade orquestrada contra o futuro do Sport", afirma.

Segundo o conselheiro, Pedro Lacerda, então presidente do grupo, havia demonstrado apoio ao pedido de expulsão de Koury, mas não agiu a tempo. "Pedro foi omisso e essa é mais uma conta que o presidente interino terá que acertar com a história do clube", disse o deputado.

O conselheiro voltou a afirmar que os ataques do advogado não poderiam ficar restritos pois, em sua opinião, mancharam a história e a tradição do Rubro-Negro e disse que, se novo caso acontecesse, voltaria a denunciar.

"Não tenho do que me arrepender. Vergonha é Koury estar se fazendo de vítima e usando sua linguagem grosseira nas reuniões ao se referir ao episódio e aos envolvidos, enquanto a sociedade e a torcida rubro-negra esperam uma resposta. O nosso regimento não deixa dúvidas sobre quais devem ser os procedimentos neste episódio lamentável".

 Com a palavra o clube ou seus conselheiros.

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