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CPI da Covid será prorrogada por mais 90 dias oficialmente nesta quarta, anuncia Omar Aziz

O prazo de funcionamento da CPI acabaria no dia 7 de agosto. Com a prorrogação, o prazo será estendido até o fim de outubro.

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José Matheus Santos

Publicado em 13/07/2021 às 13:16 | Atualizado em 13/07/2021 às 13:48
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse, nesta terça-feira (13), que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai oficializar na quarta-feira (14) a prorrogação dos trabalhos do colegiado por mais 90 dias, indo até pelo menos o final de outubro.

"O presidente Rodrigo Pacheco, ontem, ao telefone comigo, à noite, disse que amanhã prorrogará a CPI, mas teremos uma reunião com ele, até porque nós temos algumas coisas para encaminhar agora no recesso que dependem da decisão do presidente Rodrigo Pacheco", disse Omar Aziz durante sessão na comissão desta terça. 

A contagem do prazo ainda depende do recesso formal no Congresso, previsto para iniciar na próxima semana. A pausa ocorrerá apenas se o Congresso aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias até lá.

Durante o recesso, os senadores querem continuar na investigação analisando documentos e realizando reuniões internas.

O prazo de funcionamento da CPI acabaria no dia 7 de agosto. Se não houver recesso formal no Congresso, porém, a comissão precisaria adiantar o término dos trabalhos para o dia 25 de julho. Com a prorrogação, o prazo será estendido até o fim de outubro.

A prorrogação representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro e aumenta o desgaste do Palácio do Planalto. A comissão investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo a negociação suspeita da vacina Covaxin e as possíveis omissões do governo no enfrentamento à pandemia.

Os senadores acusam o presidente de ter cometido crime de prevaricação ao não determinar a investigação da compra da vacina Covaxin, versão negada por aliados.

Pacheco vem sendo pressionado a autorizar a prorrogação da CPI por 90 dias desde o mês passado, mas insistia em tomar a decisão apenas no fim do prazo inicial. Para que o prazo seja prorrogado, o presidente do Senado precisa ler no plenário o requerimento assinado por senadores que solicitam a extensão do período de funcionamento. Pacheco garantiu a interlocutores que, mantido o mínimo de 27 assinaturas no pedido, fará a leitura na sessão da Casa.

O presidente do Senado acumulou insatisfações com os membros da comissão. Além de se negar a prorrogar a CPI antecipadamente, Pacheco não deu o apoio esperado pelo presidente da comissão após o ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes das Forças Armadas assinarem uma carta de repúdio a Omar Aziz, que comanda o colegiado de investigação.

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