PSOL deve lançar candidatura a governador de PE em 2022 e está de portas abertas para Túlio Gadêlha, diz presidente do partido
Juliano Medeiros cumpre agenda em Pernambuco nesta sexta-feira (16).
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, desembarca no Recife nesta sexta-feira (16) para agenda com lideranças políticas do partido visando às articulações para eleições internas da legenda e às eleições de 2022.
“Esse é o tipo de visita que todo dirigente partidário gosta porque essa visita não tem nada a ver com crise interna e aparar alguma aresta. É uma boa visita porque vamos falar sobre o crescimento do PSOL, sobre o processo de eleições internas e renovações das direções estadual e municipal. E Pernambuco é um dos estados com mais pessoas filiadas ao PSOL e também vamos iniciar a discussão das eleições 2022”, disse Juliano em entrevista ao Blog nesta quinta-feira (15).
Para 2022, o PSOL tem como prioridades derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que deverá tentar a reeleição, mas não abre mão da busca pelo impeachment dele antes do processo de eleições de 2022.
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“Derrotar Jair Bolsonaro é a nossa prioridade número zero, se possível antes da eleição queremos viabilizar o impeachment, e, se isso ocorrer, derrotar o bolsonarismo em 2022. No caso do PSOL (nas eleições de 2022), vamos aprofundar esse projeto no nosso congresso (interno), mas defendemos o diálogo das forcas de oposição a nível nacional”, disse Juliano.
Em Pernambuco, de acordo com o presidente nacional do PSOL, há tendência de lançar candidatura própria ao Governo do Estado. No âmbito local, o partido faz oposição ao PSB do governador Paulo Câmara e não está alinhado à oposição de direita.
“Em cada estado, vai ficar de acordo com a realidade local e, pelo que sei nossos colegas de Pernambuco, eles estão inclinados a uma candidatura própria. Queremos ampliar nossa bancada, eleger nosso primeiro deputado federal ou nossa primeira deputada federal e ampliar a bancada estadual”, afirmou Juliano Medeiros. Atualmente, o PSOL é representado pelo mandato coletivo Juntas na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O partido não elegeu deputados federais nas eleições que disputou em Pernambuco.
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Para 2022 em Pernambuco, o PSB deve lançar Geraldo Julio, ex-prefeito do Recife e atual estadual secretário de Desenvolvimento Econômico, como candidato a governador, embora ele tenha negado essa possibilidade. Já a oposição à direita está entre os prefeitos de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e de Petrolina, Miguel Coelho (MDB).
No PSOL, são cotados como candidato a governador os vereadores Dani Portela e Ivan Moraes e o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago.
Túlio Gadêlha
Desde junho, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) tem se reunido com lideranças partidos como PV, Rede Sustentabilidade, PT e PSOL para uma possível filiação caso se efetive a sua saída da legenda pedetista. Inclusive, teve um encontro em São Paulo com o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, e com Guilherme Boulos, candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL nas eleições de 2020.
Ao Blog, o presidente do PSOL disse que o partido está de portas abertas caso Túlio decida migrar para a sigla.
“Para o PSOL, seria uma honra contar com o Túlio, um excelente deputado, alinhado com as posições do PSOL, agora (isso) é um processo de discussão que ele tem feito com pessoas que o apoiam e temos muito otimismo”, afirmou Juliano Medeiros. Caso migre para o PSOL, a tendência é que Gadêlha dispute a reeleição para deputado federal.
Em entrevista ao Blog recentemente, Gadêlha disse que está "de malas prontas" para sair do PDT e se disse "decepcionado". No entanto, o parlamentar afirma ainda não ter definido o futuro partido ao qual se filiará para a disputa de 2022. Essa definição deve ocorrer, se houver a saída, em março ou abril de 2022.
Candidatura própria
No âmbito nacional, Juliano Medeiros defende a unidade de todas as forças de oposição a Bolsonaro no atual momento, na tentativa de viabilizar um processo de impeachment. Mas, para 2022, o presidente do PSOL prega a unidade dos partidos de esquerda no processo eleitoral.
"Nesse momento, contra o governo Bolsonaro e contra o impeachment, precisamos unir todos que se digam de oposição, não só os que sejam de esquerda. Mas, no processo eleitoral, não defendo que sejamos aliados a quem defende autonomia do Banco Central, quem defende a entrega de empresas públicas a preço de banana, ajuste fiscal e quem é responsável também pela crise", afirmou o presidente do PSOL, sem mencionar nomes ou partidos especificamente.
Nos bastidores, o PSOL trabalha com as alternativas de lançar candidatura própria, como a do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), ou de apoiar nomes de esquerda que consigam uma maior unidade, como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado pelo Blog sobre candidatura própria e quando haverá uma definição dos psolistas sobre qual estratégia, Juliano Medeiros afirmou que apenas em 2022 o PSOL decidirá o rumo.
“É uma possibilidade (o PSOL ter candidatura própria à Presidência), mas temos trabalhado para dialogar com as forças de oposição de esquerda e na tentativa de ter uma força para tentarmos unidade em 2022. Os elementos que vão levar a definir serão em 2022", disse Medeiros.