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Alcides Cardoso propõe projeto para conscientizar alunos das redes pública e privada sobre doação voluntária de sangue

Ele lembrou que uma pessoa doa, no máximo, 450 ml de sangue e em cerca de um dia o organismo já repõe a quantidade retirada na doação

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Jamildo Melo

Publicado em 16/07/2021 às 17:05 | Atualizado em 16/07/2021 às 17:18
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Ciente da necessidade de que a população crie o hábito de doar sangue e preocupado com os baixos estoques nos bancos de doação, alvos de constantes campanhas das autoridades de saúde, o vereador do Recife Alcides Cardoso (DEM) apresentou, na Câmara Municipal, o Projeto de Lei “Doadores do Futuro”, que pretende ajudar a quem sabe mudar essa realidade e contribuir para a melhoria da saúde pública a partir da educação nas escolas.

“Sabemos as dificuldades enfrentadas nos bancos de sangue em relação aos estoques, quase sempre baixos ou insuficientes para atender a demanda de quem necessita de doação. Essa mudança deve começar já nas escolas e o objetivo do projeto Doadores do Futuro é conscientizar os alunos das redes pública e privada de ensino quanto à importância da doação voluntária e regular de sangue”, explicou Alcides Cardoso.

De acordo com o democrata, o projeto deverá ser implantado pelas escolas públicas e privadas do Recife com a realização de cursos, palestras, seminários e campanhas de conscientização durante o período letivo, direcionados a alunos, familiares, professores e demais membros da comunidade escolar, acerca da doação voluntária e regular de sangue, evitando colapso do sistema de armazenagem e distribuição.

“Essas ações poderão ser efetivadas através da parceria e colaboração entre as secretarias municipais de Educação e de Saúde, incluindo profissionais de ambos os setores, especialistas no tema e órgãos públicos e privados, fortalecendo a conscientização”, disse.

“Pela lei, pessoas a partir dos 16 anos podem doar sangue, então a escola tem um papel imprescindível na educação e na saúde, e isso começa desde a infância, com a orientação e o aprendizado”.

Ao defender o Projeto de Lei, Alcides Cardoso citou, como exemplo, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), que, em recente relatório comparativo entre os meses de novembro e dezembro de 2020, apontou uma redução de 18,5% na quantidade de doações.

Ele lembrou que uma pessoa doa, no máximo, 450 ml de sangue e em cerca de um dia o organismo já repõe a quantidade retirada na doação.

“Os estoques dos bancos de sangue do Brasil são considerados baixos, com riscos de morte para quem sofre um acidente, precisa realizar uma cirurgia ou necessita de uma transfusão de sangue”, pontuou.

“Doar sangue é um ato solidário que pode salvar a vida de até quatro pessoas a cada doação. Quanto mais cedo ocorrer essa conscientização de doar sangue nas escolas, mais vidas poderão ser salvas”.

A proposta está tramitando na Câmara e sendo analisada nas comissões de Legislação e Justiça e Saúde, que terão os prazos regimentais para os respectivos pareceres.

Após esta fase, o Projeto de Lei segue para apreciação em plenário.

“O Executivo poderá celebrar convênios ou parcerias com as instituições públicas e privadas para atender aos objetivos do Projeto de Lei sem ônus para o município. Precisamos mudar essa realidade e esta proposta pode ser um marco nesse sentido”, afirma.

 

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