vai funcionar?

Bancada pernambucana quer entregar documento a Bolsonaro 'pressionando' por permanência do ramal de Suape na Transnordestina

Deputados do Estado afirmam que vão entregar um documento a Bolsonaro cobrando o ramal, por ser menor e mais barato do que o ramal do Ceará

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Jamildo Melo

Publicado em 27/07/2021 às 13:20 | Atualizado em 27/07/2021 às 13:48
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Depois que o blog informou na semana passada que o ramal de Suape estava sendo rifado da Transnordestina, em favor dos cearenses e do Porto de Pecém, pelo ministro de Bolsonaro, os políticos locais começaram a se movimentar. Dará tempo? Vai funcionar?

Nesta terça-feira, a bancada pernambucana no Congresso Nacional realizou uma reunião em defesa da permanência do Ramal de Suape no projeto da Ferrovia Transnordestina.

O encontro virtual definiu a estratégia do grupo em torno da defesa de Pernambuco e contou com a presença do governador do estado, Paulo Câmara.

“Entre as sugestões do nosso grupo está a produção de um documento mostrando todas as vantagens técnicas da permanência do Ramal de Suape no projeto. Nós produziremos esse documento e entregaremos ao presidente Jair Bolsonaro como uma demanda de nosso estado”, comentou o deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade-PE), que coordena a bancada ao lado do deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE).

Recentemente, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, declarou que não haveria demanda para dois ramais simultaneamente e que o Porto de Pecém, no Ceará, seria o único destino da ferrovia, excluindo o Porto de Suape, como constava no projeto original.

Depois do alerta do blog, a fala do ministro do presidente Bolsonaro foi reproduzida por jornais e causou indignação na bancada pernambucana e de setores produtivos na região Nordeste.

Na última semana, a bancada produziu uma nota repudiando a decisão e elencando as vantagens técnicas da permanência do Ramal de Suape, que tem o melhor porto.

Na reunião desta terça-feira foram apresentadas as vantagens técnicas da permanência do Ramal de Suape. Entre elas, a de que a ferrovia até Suape é 100 km mais curta do que até Pecém, com investimento para conclusão das obras em torno de R$ 1,5 bilhão a menos.

Outro aspecto é que o Ramal Suape é indiscutivelmente a alternativa ambientalmente mais sustentável e pode encurtar as distâncias, causando menores emissões de gases de efeito estufa.

“A nossa demanda não é que o Ramal de Pecém seja excluído em detrimento da escolha do Ramal de Suape. O que queremos é que os dois ramais sejam construídos”, completou Augusto Coutinho.


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