Bolsonaro recria Ministério do Trabalho e nomeia Onyx Lorenzoni para comando da pasta
Com a recriação do Ministério do Trabalho, o governo do presidente Jair Bolsonaro terá 23 pastas, oito a mais do que o número prometido na corrida eleitoral de 2018.
O presidente Jair Bolsonaro recriou, nesta quarta-feira (28), o Ministério do Trabalho e Previdência e nomeou Onyx Lorenzoni como titular da pasta. A criação do ministério e a nomeação do novo ministro foram publicadas no "Diário Oficial da União".
Antes ministro da Secretaria-Geral do governo, Lorenzoni foi acomodado no ministério recém-criado para abrir vaga para Luiz Eduardo Ramos, nomeado também nesta quarta ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ramos era chefe da Casa Civil, que passa a ser ocupada agora pelo senador Ciro Nogueira, outra nomeação publicada no Diário Oficial da União.
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As mudanças fazem parte de uma reforma ministerial no governo. Expoente do chamado centrão, grupo de partidos rechaçado por Bolsonaro durante a campanha e que ele abraçou recentemente em meio às crescentes dificuldades políticas, Ciro Nogueira é o quarto ministro da Casa Civil do atual governo e terá como missão, nas palavras do próprio presidente, melhorar a relação com o Congresso.
O PP também é o partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que vem segurando as pressões para a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. Há mais de cem pedidos protocolados na Câmara, mas a decisão de abrir um processo depende do presidente da Casa.
Com a recriação do Ministério do Trabalho, o governo do presidente Jair Bolsonaro terá 23 pastas, oito a mais do que o número prometido na corrida eleitoral de 2018.
O Ministério do Trabalho passa a existir novamente na estrutura do governo por meio da Medida Provisória (MP) 1.058, que altera a Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, e terá até 13 secretarias.
Com a mudança, a área do trabalho sai do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. Mas a criação do novo ministério do Trabalho foi negociada pelo presidente Jair Bolsonaro com Guedes. O chefe da equipe econômica foi consultado, porque ele perderá a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, que cuida das políticas de emprego do governo desde o início da gestão Bolsonaro. Para não perder totalmente o controle da área, Guedes acordou com Bolsonaro que o atual secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, será o secretário-executivo do Ministério do Trabalho.
O Ministério do Trabalho foi extinto logo no início do governo Bolsonaro, na ocasião do PSL, em janeiro de 2019, junto com outros ministérios da área econômica. As pastas foram fundidas para dar origem ao superministério da Economia.