Bolsonaro agora chama Barroso de 'filho da puta', em visita à Santa Catarina
Contrariado após ter sido incluso pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura fake news e ataques contra a Corte, ontem o chefe do Executivo afirmou que o ministro "é a mentira em pessoa"e que "sua hora vai chegar".
Em visita a Santa Catarina, na cidade de Joinville, o presidente Jair Bolsonaro atacou novamente Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Em um dado momento, usou palavra de baixo calão para se referir ao ministro do STF e presidente do TSE, Luiz Roberto Barroso.
“Aquele filho da p*ta do Barroso”.
O vídeo do destempero foi divulgado nas redes sociais e depois apagado.
SC é um dos estados mais Bolsonarista do Brasil.
Em meio à escalada de ataques a integrantes do Supremo, o presidente desembarcou em Santa Catarina onde participou de uma palestra com empresários e de uma cerimônia de entrega da Ordem da Machadinha.
Ao chegar ao local para o último evento, Bolsonaro cumprimentou seguidores, entre eles, um idoso que estava aglomerado na barra de contenção junto a outros apoiadores.
O homem se emocionou ao tirar foto com Bolsonaro que pediu a seguranças que ele fosse retirado das grades e o acompanhasse.
Foi então que o presidente disparou.
"O filho da puta ainda trai gente dessa maneira. Aquele filho da puta do Barroso". O vídeo foi apagado minutos depois.
Mais cedo, Bolsonaro disse que parte dos magistrados quer é "a volta da impunidade e da corrupção". No entanto, o presidente negou que estivesse atacando a Corte.
Contrariado após ter sido incluso pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura fake news e ataques contra a Corte, ontem o chefe do Executivo afirmou que o ministro "é a mentira em pessoa"e que "sua hora vai chegar".
Bolsonaro também foi derrotado na votação do projeto que pedia o voto impresso.
Por 23 votos a 11, a comissão especial da Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna obrigatório o voto auditável.
O presidente tem ameaçado a realização das eleições de 2022, caso o texto não seja aprovado pelo Congresso.