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FBCprevê aprovação do novo Bolsa Família e defende manobra para evitar calote dos precatórios da União

O líder do governo defendeu que o pagamento das dívidas com precatórios seja honrado em 2022, sem parcelamento. Para isso, sugeriu a equiparação à despesa de capital para ser retirada do teto de gastos públicos

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Jamildo Melo

Publicado em 09/08/2021 às 17:02 | Atualizado em 09/08/2021 às 17:52
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O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta segunda-feira (9) que a aprovação do Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família, é prioridade do Congresso Nacional.

Segundo ele, o Orçamento de 2022 tem espaço fiscal de R$ 40 bilhões, o que é suficiente para elevar os investimentos em proteção social, corrigindo o valor e ampliando o número de famílias beneficiadas.

“Mesmo com a volta do emprego informal, não tenho dúvida que a prioridade do Congresso será revigorar o Bolsa Família com o nome Auxílio Brasil. O mais importante é proteger os mais vulneráveis. Essa é a posição unânime do Congresso Nacional”, disse Fernando Bezerra em live da BM&C News.

O valor do auxílio, acrescentou o líder do governo, será negociado para preservar o teto de gastos públicos.

“Todos têm consciência que é importante que a gente preserve os conceitos da lei do teto do gasto. A decisão será, como sempre, negociada.”

Precatórios

O líder do governo também defendeu que o pagamento das dívidas com precatórios seja honrado em 2022, sem parcelamento. Para isso, sugeriu a equiparação à despesa de capital para ser retirada do teto de gastos públicos.

“Não significa que eu esteja propondo tirar R$ 90 bilhões, mas estima-se que, com um adicional de R$ 19 bilhões, a gente poderia pagar 100% dos precatórios, não gerando qualquer dúvida, e todos seriam honrados através de financiamento da dívida pública”, explicou.

Fernando Bezerra reiterou que o teto de gastos é a âncora fiscal do país, e qualquer ajuste deve ser precedido de amplo debate.

“Essa análise será aprofundada nos próximos dias sob a liderança do ministro Paulo Guedes. Não queremos criar resistências às sugestões do Ministério da Economia. É uma ideia que deve ser levada em consideração para ver se conseguimos construir um caminho que não signifique um parcelamento em 10 anos.”

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