Prestes a sofrer derrota sobre voto impresso, Bolsonaro participa de desfile de carros e tanques militares em Brasília
A demonstração de força dos militares, combinada com o presidente da República, acontece no dia que a Câmara irá votar a proposta de adoção do voto impresso no país. A tendência é que a bandeira de Bolsonaro seja derrotada.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, nesta terça-feira (10), de um desfile de um comboio de blindados e outros veículos militares na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília.
A demonstração de força dos militares, combinada com o presidente da República, acontece no dia que a Câmara irá votar a proposta de adoção do voto impresso no país. A tendência é que a bandeira de Bolsonaro seja derrotada.
O desfile de tanques e carros militares é avaliado pela oposição como tentativa para intimidar e pressionar os parlamentares e foi criticada até mesmo por aliados de Bolsonaro.
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O comboio passou em frente ao Planalto. Um militar desceu de um jipe, subiu a rampa e entregou a Bolsonaro um convite para participar de operação militar marcada para a próxima semana. Entre os veículos militares, havia blindados, tanques, caminhões e jipes.
O pretexto da presença desses blindados na Esplanada numa data fora de qualquer celebração militar é que semana que vem ocorre a "Operação Formosa", um treinamento militar que ocorre todo ano nessa cidade de Goiás. Bolsonaro recebeu o convite no alto da rampa para acompanhar esse treino, que irá contar com 2,5 mil militares das três forças.
Participaram do evento, junto com Bolsonaro, os três comandantes militares e do ministro da Defesa, Braga Neto, e ministros civis. Entre eles estão, Ciro Nogueira (Casa Civil), Milton Ribeiro (Educação), Anderson Torres (Justiça), Gilson Machado (Turismo) e Onyx Lorenzoni (Trabalho). Deputados ligados às Forças Armadas também compareceram.
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Entre os parlamentares presentes esteve o líder do governo, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que será ouvido pela CPI da Covid na quinta-feira (12). Barros teria sido citado pelo próprio Bolsonaro numa conversa com o deputado Luis Miranda (DEM-DF) que denunciara haver suspeitas de irregularidades no processo de negociação para compra da vacina Covaxin no Ministério da Saúde.
Após a repercussão negativa desse ato militar, Bolsonaro fez convite público, na noite de ontem, aos presidentes dos tribunais superiores. A oposição tentou barrar o desfile dos blindados, mas o ministro Dias Toffoli, do STF, negou pedido desses partidos para que o ato fosse suspenso.