eleições 2022

Aliados de Miguel Coelho ignoram ataques da direita mais radical em Pernambuco

Candidato a governador, prefeito de Petrolina sofre com fogo amigo

Imagem do autor
Cadastrado por

Jamildo Melo

Publicado em 13/08/2021 às 17:52 | Atualizado em 13/08/2021 às 17:53
Notícia
X

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, evitou polemizar com o PTB local, que ameaçou retirar apoio a sua candidatura em 22 por conta do voto do irmão Fernando Filho sobre o voto impresso e a defesa da democracia que o senador FBC fez, na CPI da Covid, no dia dos tanques em Brasília.

Os aliados contaram que a avaliação foi que as críticas estavam fora de contexto e não deveriam ser respondidas. "O presidente vai romper com Arthur Lira? Foi o Centrão o maior bloco a votar contra o voto impresso. Se ele está com raiva de Fernando Filho, deveria estar com mais raiva ainda de Lira", contou um aliado.

Neste sentido, Miguel Coelho foi orientado a não entrar na rota do "fogo amigo" e tocar o barco.

"Não agrega nada essas críticas. Não se pode ter paixão e sim pragmatismo, para tirar o PSB do poder. Essa falta de união deu em que em 2018? Essa ideologia deu em que em 2018. Ao que parece, em um momento em que a política está ganhando espaço sobre a ideologia, há quem mostre preocupação com perda de espaço", frisa o interlocutor. A fala é uma lembrança do fracasso da oposição na eleição do Recife, contra João Campos. Mendonça Filho poderia ir ao segundo turno, mas foi sabotado pelos bolsonaristas mais radicais, que empinaram o nome da delegada Patrícia Domingos, do Podemos.

Consta que no mesmo dia dos ataques do PTB local a Miguel Coelho, o senador FBC estava com o presidente Bolsonaro e o novo ministro da Casa Civil, Ciro nogueira, tratando da interlocução para o lançamento de um bloco unido, seja de uma ou duas chapas de oposição na campanha. "A nacionalização da campanha, se Bolsonaro ou Lula, só interessa aos socialistas. O que tem que ser discutido é o futuro de Pernambuco", afirmam esses interlocutores.

Em um último argumento, os aliados de Miguel Coelho observaram que não faz sentido antecipar a definição do nome ao Senado, antes da cabeça da chapa. isto seria colocar o carro na frente dos bois. Eles viram as críticas do PTB como ansiedade por parte do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que planeja obter a indicação.

"Essa definição só pode sair depois da vaga pelo governador. Não se começa uma chapa pelo nome ao senado. Além disto, não tem só ele querendo. Tem raquel Lyra, tem Fernando Bezerra, tem Ricardo Teobaldo, tem Priscila Krause"

Tags

Autor