DEPUTADO FEDERAL

Túlio Gadêlha apresenta emendas e quer barrar 'retrocessos' no novo Bolsa Família

A proposta do governo não fixou o valor do novo Bolsa Família, batizado de Auxílio Brasil. A proposta é uma das estratégias para tentar subir a popularidade do presidente Jair Bolsonaro em 2022, ano em que ele deverá disputar a reeleição.

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José Matheus Santos

Publicado em 14/08/2021 às 13:52 | Atualizado em 14/08/2021 às 13:53
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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) apresentou, na quinta-feira (12), duas emendas com modificações na Medida Provisória 1061/21, o texto do novo Bolsa Família proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A proposta do governo não fixou o valor do novo Bolsa Família, batizado de Auxílio Brasil, que é tratado nos bastidores do Palácio do Planalto como uma das estratégias para tentar alavancar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro e fortalecê-lo para as eleições de 2022.

Túlio alega que as emendas são "para frear retrocessos propostos pelo texto da MP".

"De acordo com a MP, famílias de extrema pobreza que não tenham em sua composição gestantes, crianças e adolescentes serão excluídas da lista de beneficiários", afirma Túlio, que quer derrubar essa parte da proposta.

 “Está muito claro que Bolsonaro está apostando suas fichas no Auxílio Brasil, prometendo aumento do auxílio para os beneficiários. Mas além de não apresentar valores exatos na proposta, basta estudar o texto da MP para perceber cortes graves para grupos vulneráveis da população brasileira. É a maior exclusão da história da proteção social, com 22 milhões de beneficiários a menos”, disse Gadêlha.

A segunda emenda proposta pelo deputado é para retirar a obrigação de doação de parte do valor recebido do Auxílio Inclusão Produtiva Rural pelo Beneficiário do auxílio. "Ao criar o Auxílio Inclusão Produtiva Rural, a Medida Provisória impôs, como condição de recebimento do subsídio, a doação de Alimentos equivalentes ao valor de parte do benefício recebido", alega o mandato de Túlio.

“Absurdo. O auxílio, que já é um valor pequeno para o sustento familiar, terá que ser devolvido em parte ao Governo como forma de pagamento. Não faz o menor sentido. É pagar para trabalhar. E mais: a produção também é fruto do trabalho dos pequenos agricultores. Além de pagar com o produto, pagarão com trabalho”, afirmou Túlio Gadêlha.

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