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Fernando Bezerra Coelho defende solução que prevê investidor privado para conclusão do ramal da Transnordestina até Suape

Saída para Suape foi apresentada em um artigo no blog de Jamildo

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Jamildo Melo

Publicado em 17/08/2021 às 16:06 | Atualizado em 17/08/2021 às 16:12
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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse ter pedido explicações ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sobre a rescisão parcial do contrato de concessão da ferrovia Transnordestina, excluindo o ramal até o Porto de Suape.

Com essa decisão do governo federal, o trecho de 300 quilômetros entre Custódia e Suape será feito agora pela iniciativa privada, pelo regime de autorização.

Durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado com a presença do ministro, Fernando Bezerra criticou a lentidão da obra.

“A Transnordestina tem 15 anos de concessão e até agora não se materializou na sua plenitude. No início do governo do presidente Bolsonaro, eu defendi a rescisão do contrato de concessão. Essa obra não pode ser tocada a passos de tartaruga. Agora, houve uma decisão e, inicialmente, se disse que o terminal de Suape ficaria de fora da Transnordestina por uma decisão do governo federal. Como se o governo estivesse prestigiando Pecém em detrimento de Suape”, disse o senador.

Fernando Bezerra disse ter cobrado uma solução e defendeu que o novo investidor tenha o direito de passagem garantido para poder transportar o minério de ferro do Piauí até o terminal privado em que será transformado a Ilha de Cocaia no Porto de Suape.

“Isso pode demandar tempo. Quanto tempo levará para rescindir esse contrato? Quanto tempo levará para iniciar os estudos de uma nova autorização? A gente não pode assistir a um ramal ficar pronto e o outro ao deus-dará.”

Segundo o ministro Tarcísio de Freitas, "diante da inviabilidade de se construir o trecho ferroviário até Suape pelo contrato de concessão da Transnordestina", o governo federal vai assumir a responsabilidade pela obra.

“Temos trabalhado para fazer um termo aditivo, e a ideia é que a gente deixe com a concessionária a perna da ferrovia no Ceará e toma de volta a perna de Pernambuco, que passa a ser de responsabilidade nossa. Nós vamos dar uma solução, e Pernambuco será atendido. Já estamos trabalhando para ter um terminal privado, e acredito que temos instrumentos para isso.”

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