Votação das coligações proporcionais no Senado pode decidir futuro da candidatura de Miguel Coelho no MDB. Entenda
Prefeito de Petrolina é pré-candidato a governador pela oposição, mas o deputado federal Raul Henry quer manter a aliança do MDB com o PSB.
A votação sobre a volta ou não das coligações para as eleições de 2022 no Senado pode definir o rumo do MDB em Pernambuco para o pleito de 2022.
É o que se comenta nos bastidores da bancada pernambucana no Congresso.
Segundo informações de bastidores, caso as coligações proporcionais para deputado federal e estadual sejam rejeitadas, a tendência no Senado, o grupo dos Coelhos fica mais forte no partido em Pernambuco.
Isso porque o deputado federal Raul Henry, presidente do MDB em Pernambuco, sem o grupo político do senador Fernando Bezerra Coelho, teria dificuldade em montar a chapa própria do MDB para conseguir se reeleger. Com isso, a palavra dos Coelhos, incluindo o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, teria mais peso na sigla emedebista, sobretudo junto à direção nacional do partido.
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Miguel é pré-candidato a governador de Pernambuco pela oposição ao PSB. Mas o grupo de Raul Henry e do senador Jarbas Vasconcelos no MDB já sinalizou que pretende manter a aliança emedebista com o PSB, partido do governador Paulo Câmara, em 2022.
Caso as coligações, já aprovadas pela Câmara dos Deputados, tenham o aval dos senadores, Raul Henry sairia fortalecido, pois se aliaria a outros partidos na montagem da chapa para deputado federal sem depender da ala de Fernando Bezerra Coelho. Em 2018, Raul conseguiu se eleger em uma coligação.
Maior bancada do Senado com 16 parlamentares, o MDB deve fechar questão na próxima semana contra a volta das coligações, barradas na minirreforma eleitoral de 2017. O modelo sem coligações foi implantado em 2020 nas disputas para vereador e, pelo menos até o momento, será testado pela primeira vez em 2022.
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Com a disputa proporcional sem coligações, a tendência é que o Brasil tenha redução do número de partidos políticos. Atualmente, 24 legendas têm representatividade no Congresso.
Além disso, especialistas afirmam que o modelo sem coligações valoriza mais o voto do eleitor e as ideias dos partidos e evita os chamados "partidos de aluguel" para a formação das coligações.