eleições 2022

PSB Nacional defende governo de união nacional para 'vencer Bolsonaro e a extrema-direita que o sustenta'

O Diretório Nacional do PSB aprovou resolução em que avalia o atual cenário político, social e econômico do país e as perspectivas do partido para o próximo ano de eleição.

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Jamildo Melo

Publicado em 23/08/2021 às 17:49 | Atualizado em 23/08/2021 às 17:50
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Os desafios eleitorais do PSB

Carlos Siqueira
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB

O principal desafio político do partido em 2021 continua a ser o de montar chapas próprias, para disputar mandatos federais, especialmente Câmara dos Deputados, em todos os estados. Faz parte de tal esforço potencializar candidaturas a governador(a) – estas apenas quando houver efetiva potencialidade eleitoral que as justifique – e Senado Federal.

Sobre as eleições para o Senado Federal, trata-se da segunda prioridade eleitoral do PSB, de tal sorte que o partido envidará os esforços necessários para recompor sua presença naquela casa legislativa.

Essa linha de atuação considera 1) a probabilidade de que se mantenha a proibição das coligações em eleições proporcionais no âmbito do Senado Federal – apesar de a matéria ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados – e, 2) o fato de que os recursos dos fundos partidário e eleitoral são distribuídos com base no número de votos para deputados federais obtidos pelos distintos partidos e, em menor grau, também para candidaturas ao Senado Federal.

Quanto à decisão sobre a eleição presidencial do ano que vem, o ideal seria construir candidatura que unisse todo o campo democrático (centro democrático compreendido), que merecesse respeito político, cívico e institucional por parte de toda a população, com o objetivo de fugir à polarização que ainda persiste no cenário político brasileiro e constituir um GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL, que se habilitasse a acabar com a reeleição e estimulasse uma transformação de grande alcance do sistema político-eleitoral brasileiro, razão de ser da crise que nos trouxe até a tragédia atual.
Caberia igualmente a um governo de tal natureza liderar o debate e o início da implantação de um projeto nacional de desenvolvimento, a partir do qual o Brasil poderá lidar de forma efetiva com suas insuficiências estruturais de desenvolvimento e com a calamidade pública em que se transformaram a desigualdade e a exclusão social, que vitimam dezenas de milhões de brasileiros.


A hipótese que se indica acima parece ser remota, de modo que vai se afirmando até este momento tendência de se apresentarem apenas dois nomes com reais chances de êxito, cada qual ocupando posição polar no espectro político.

No cenário de incerteza e polarização política, como já se indicou em documentos anteriores de avaliação de conjuntura, o fator decisivo para definir o posicionamento do PSB continuará a ser a luta pela preservação e fortalecimento do Estado Democrático de Direito, de tal sorte sob nossa perspectiva todo o campo democrático deve convergir para a candidatura que reunir as melhores condições de vencer Bolsonaro e a extrema-direita que o sustenta.

Note-se, no entanto, que a decisão sobre a posição do PSB em termos da eleição à Presidência da República só ocorrerá em 2022, oportunidade na qual os elementos para embasar tal escolha já estarão suficientemente maduros.

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