ataque à democracia

Parlamentares esperam baderna em Brasília, em manifestações contra às instituições da República

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Jamildo Melo

Publicado em 25/08/2021 às 16:44 | Atualizado em 25/08/2021 às 16:45
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Em condição de anonimato, um influente parlamentar de Pernambuco na Câmara dos Deputados comentou em um grupo fechado que muitos colegas deputados acreditam que vai haver efetivamente uma tentativa de desmoralizar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, no feriado de 7 de setembro próximo, quando estão sendo convocadas manifestações antidemocráticas em Brasília.

A aposta de garantia da ordem está nas mãos do governador do Distrito Federal, Ibanes Rocha, de garantir a segurança da Praça dos Três poderes, depois que o governador de São Paulo avisou sobre as movimentações de sublevação das forças de segurança nos Estados.

Na mesma linha, não por acaso, o PDT formulou Representação perante os Ministérios Públicos Estaduais, tendo em vista a articulação nacional de policiais militares para manifestações antidemocráticas no próximo dia 07 de setembro.

No documento, o PDT relata que mobilizações como essa violam a Constituição e o Estatuto dos Militares, que não podem se manifestar coletivamente sobre assuntos de conteúdo político. O partido requisitou que o Ministério Público instaure Inquérito para apurar a politização das PMs e CBMs no âmbito dos respectivos Estados, e que ingresse com medidas judiciais para inibir a realização dos atos antidemocráticos, aplicando-se multa em caso de descumprimento.


Nesta quarta-feira, os governadores do Nordeste, reunidos em Natal, assinaram uma carta pública, na qual, sem citar Bolsonaro, pedem respeito à legalidade e paz. Veja a reprodução abaixo.

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“Os governadores do Nordeste, reunidos em Natal (RN) nesta data, conclamam a sociedade e as instituições a uma atitude firme em defesa da legalidade e da paz. Somente assim, o Brasil terá condições de combater a inflação, o desemprego, e a pobreza, que crescem nos lares das famílias da nossa nação”, diz a carta. No documento, os governadores também afirmam que “as instituições estaduais cumprirão a missão de proteger a ordem pública, e por isso mesmo, não participarão de qualquer ação que esteja fora da Constituição”.

Assinam a carta os seguintes governadores: Wellington Dias, do Piauí, Renan Filho, de Alagoas, Rui Costa, da Bahia, Camilo Santana, do Ceará, Flávio Dino, do Maranhão, João Azevedo, da Paraíba, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, Belivaldo Chagas, de Sergipe, além da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.

Em publicação no Twitter, Flávio Dino afirmou que a carta é sobre “o atual momento nacional”. Segundo ele, trata-se de uma “uma conclamação à paz e à legalidade”.

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