Uso político da fé

Na contramão de Malafaia, pastor pede a evangélicos que não sejam massa de manobra de Bolsonaro

Defesa de pautas conservadoras garante apoio de parte das igrejas pelo Brasil

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Jamildo Melo

Publicado em 02/09/2021 às 9:01 | Atualizado em 02/09/2021 às 10:25
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No Rio de Janeiro, um pastor da igreja Presbiteriana levantou-se contra o uso da fé pelos irmãos das igrejas petencostais, mais radicais e que pregam a dominação do mundo, pela imposição da fé como eles a professam. Um dos filhos de Bolsonaro já afirmou que o pastor Malafaia é a pessoa que faz a cabeça do presidente, mas a questão é não é pessoal, em um Estado que deveria ser laico. Para fazer media com o setor, o presidente já prometeu a entrega de um ministro "terrivelmente evangélico" no STF.

Quem quiser se aprofundar neste tema da exploração política dos evengélicos, não pode deixar de ler o livro "E a verdade os libertará: Reflexões sobre religião, política e bolsonarismo", do jornalista e evangélico Ricardo Alexandre.

No Recife, a operação de aborto legal de uma menina de dez anos, aprovada pela Justiça, depois de ter sido estuprada pelo tio, no Espírito Santo, deu uma ideia da abjeta exploração da fé das pessoas por parte deste público. Em meio à última campanha eleitoral, vereadores e deputados estaduais correram para a porta do Cisam para gravar vídeos e fazer aglomeração, bradando contra os médicos e os procedimentos, de modo a garantir likes e mostrar o quanto eram seguidores da fé para uma plateia virtual.

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