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BNDES apresenta projeto de concessão do Parque Dois Irmãos. Projeto deve atrair investimentos de R$ 615 milhões

Sociedade poderá debater modelo na audiência pública, no dia 22 de setembro

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Jamildo Melo

Publicado em 02/09/2021 às 11:12 | Atualizado em 02/09/2021 às 11:18
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O Governo do Estado de Pernambuco e o BNDES iniciam nesta quinta-feira (2) consulta pública para Concessão do Parque Estadual Dois Irmãos.

A sociedade civil está convidada a participar durante o período de 30 dias com contribuições ao projeto modelado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que prevê investimentos de mais de R$ 600 milhões em gestão, infraestrutura e conservação.

A colaboração da população será possível tanto por formulário eletrônico como através de audiência pública digital prevista para o dia 22 de setembro, via plataformas Zoom e Youtube.

O projeto de concessão do Dois Irmãos tem como objetivo o atendimento e apoio à visitação, além da revitalização e manutenção dos serviços turísticos para o parque.

A iniciativa deve atrair investimentos de R$ 615 milhões em gestão e criação de novas infraestruturas.

Ações de preservação ambiental também são prioridades dentro do projeto, que deve gerar 175 empregos diretos.

A novidade do projeto para o parque será a sua conversão em três estruturas: área urbana, área natural e bioparque.

As duas primeiras vão oferecer espaço gratuito para recreação, com a construção de acesso público à mata para realização de trilhas e outras atividades de lazer.

Já a área do zoológico será transformada em um grande bioparque – o primeiro do Nordeste –, nos moldes do implementado no Rio de Janeiro, incorporando conceitos de educação ambiental e entretenimento. Lá os animais ficarão em espaços físicos maiores e o visitante terá áreas de convivência e imersão com os animais.

O projeto também prevê a restauração do Chalé do Prata e do Chapéu do Sol, que são dois patrimônios históricos localizados dentro do parque. O Governo do Estado já tem em andamento a licitação para esse restauro, mas a participação do investimento privado dará celeridade às obras.

Em paralelo às ações para melhoria da experiência dos visitantes, o projeto incentivará a manutenção de pesquisas pelos institutos de ciência no Parque Dois Irmãos. Além disso, as funções de resgate de fauna e de estudos sobre comportamentos de espécies na Mata Atlântica seguirão a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e seus parceiros.

“Todo pernambucano tem memórias no Parque Dois Irmãos. Por isso, este projeto revisita nossa história, valoriza nosso patrimônio afetivo, garantindo que mais pernambucanos tenham história de natureza para contar”, explica José Antônio Bertotti, secretário do Meio Ambiente de Pernambuco.

A parceria do Estado de Pernambuco e do BNDES na estruturação de projetos para parques naturais ainda prevê a construção de uma aliança público-privada no Parque Estadual Mata da Pimenteira, em Serra Talhada.

“BNDES e Pernambuco estão juntos em grandes operações como a instalação da Jeep, a modernização do Suape, além de outras em andamento como a revitalização do Porto Digital e o projeto de modelagem de rodovias. O Programa de Concessões de Unidades de Conservação é mais uma dessas iniciativas conjuntas e se insere dentro da estratégia de atuação do Banco em prol da agenda ESG”, analisa Fábio Abrahão, diretor de Infraestrutura do BNDES.

Programa de Concessão de Unidades de Conservação do BNDES

Realizado em parceria com o Instituto Semeia, o Programa tem como objetivo atrair investimentos para o aumento do potencial turístico dos parques nacionais do Brasil.

As concessões melhoram a infraestrutura dos parques e desenvolvem a vocação turística nestas regiões, aspectos fundamentais para atração de visitantes e investidores.

A carteira atual de concessão de unidades de conservação do BNDES conta com 34 projetos na esfera estadual, além do projeto de concessão do Parque Nacional de Foz do Iguaçu, junto ao ICMBio (Ministério do Meio Ambiente).

“Em comum na estruturação de todos eles estão a preocupação com a preservação, a sustentabilidade e o desenvolvimento da localidade onde se situa os parques”, ressalta Pedro Bruno Barros de Souza, superintendente de Governo e Relacionamento Institucional do BNDES.

 

 

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