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Advogado recifense Victor Fialho entra com representação no Ministério Público contra influenciador Leo Picon

Jovem disse que foi mal interpretado e pediu desculpas

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Cadastrado por

Jamildo Melo

Publicado em 03/09/2021 às 16:20 | Atualizado em 04/09/2021 às 8:05
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O influenciador Leo Picon veio participar da inauguração de uma loja no Recife, abordou uma criança que estava andando na rua e começou a chamá-la de traficante. O vídeo constrangedor logo ganhou repercussão nacional nas redes sociais e gerou uma grande mobilização da população sobre o assunto. Com a confusão, o vídeo foi apagado.

Pois bem.

Sem alarde, o advogado do Recife Victor Fialho entrou com uma representação no Ministério Público de Pernambuco, na última quinta-feira (2), com o objetivo de instaurar um Inquérito Civil Público contra o influenciador digital Leo Picon, que chamou uma criança do Recife de "traficante".

A queixa registrada pelo advogado no MPPE, junto a Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente, argumenta que o conteúdo do vídeo do influenciador fere a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Para Victor Fialho, a criança foi submetida a vexame público, já que o vídeo publicado pelo influenciador nas redes sociais atingiu mais de quatro milhões de seguidores.

"É por essa razão que dei entrada no Ministério Público com o objetivo de que essas atitudes criminosas cometidas por Leo Picon sejam investigadas."

O advogado acredita que, para além do constrangimento com a criança, é fundamental auxiliar a família durante o caso.

"É inaceitável que o influenciador venha na nossa cidade, chame uma criança de traficante, e nada aconteça. Tenho certeza de que a família desse garoto, assim como a de qualquer criança que passasse por isso, tem todo o interesse em lutar por Justiça, por isso me coloco à disposição neste momento."

 


Leo Picon, o "influenciador" desumano.

Felipe Cury
Ativista e Gestor Público


O Estatuto da Criança e Adolescente no seu artigo 5° diz que: "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais".

O dito influenciador Leo Picon, cometeu crime ao difamar e atentar contra a imagem de uma criança moradora do bairro da Imbiribeira no Recife.

Após repercussão, escreveu texto pedindo desculpas. Porém, o ato criminal e doloso já tinha sido cometido.

Redes sociais não é terra sem lei. O ato discriminatório, preconceituoso já atingiu frontalmente uma criança de 9 anos de idade. Nos indignou como moradores e cidadãos Recifenses.

O ato de violência praticado contra essa criança é reflexo do comportamento irresponsável do autor que acha que por ter milhões de seguidores e dinheiro, pode tudo. Aqui, no Recife, Nordeste do Brasil, não! Aqui é terra de bravos guerreiros que lutaram por liberdade. Não vamos admitir que venham ofender nossas crianças e passem impunes a um crime que irá ocasionar sequelas na vida de uma criança.

O tal Leo Picon, tem que ser penalizado criminal e civilmente por seus atos. E que sirva de exemplo para todos que se escondem por trás de fama, dinheiro e certeza de impunidade. A lei é para todos! Ainda mais para cidadãos insignificantes como esse.

 

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