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João Campos reage às ameaças de Bolsonaro

Prefeito critica subversão da ordem democrática com fala presidencial

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Jamildo Melo

Publicado em 07/09/2021 às 17:33 | Atualizado em 07/09/2021 às 17:36
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"O Brasil assistiu hoje a mais uma afronta direta à democracia. Enquanto o país atravessa uma crise sem precedentes, o #7deSetembro foi transformado em episódio lamentável com um novo flerte com a ruptura institucional" disse João Campos.

Antes do prefeito, o governador já havia se posicionado.

"O Sete de Setembro é uma data para celebrar a liberdade, a democracia e o progresso do nosso país. Não para promoção pessoal ou para o presidente ameaçar e desrespeitar os demais poderes constituídos. Infelizmente, ele está em campanha permanente e não governa o país", afirmou o governador Paulo Câmara.

As duas falas foram em reação ao discurso da Paulista, nesta tarde de terça-feira, em que o presidente Bolsonaro voltou a atacar o STF e o ministro Alexandre de Moraes, em tom golpista, chamando o ministro de "canalha" e que não aceitaria suas decisões.


Outros governadores

Governadores usaram o Twitter nesta terça-feira, 7, para fazer pronunciamentos em defesa da democracia. O dia é marcado por protestos contra e a favor do governo federal - alguns deles, neste último caso, com caráter antidemocrático - convocados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e aliados, na esteira da queda da popularidade do chefe do Executivo.

"Não podemos tolerar retrocessos. Que o Estado Democrático de Direito e os valores da liberdade sempre prevaleçam sobre o autoritarismo para o Brasil voltar a crescer, gerar empregos e diminuir as diferenças sociais. Viva a independência", escreveu o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), disse nas redes sociais que só pode haver patriotismo com respeito às instituições. "Viva a Constituição, nosso escudo contra arruaceiros, milicianos e demais criminosos. Viva o Brasil!", escreveu.

A defesa da democracia também marcou as manifestações dos governadores petistas Wellington Dias, do Piauí; Camilo Santana, do Ceará; e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.

O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), defendeu a necessidade de instituições autônomas e independentes e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), afirmou que o patriotismo só tem valor se acompanhado da defesa da democracia e da liberdade.

Sem citar o nome do presidente, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou o mandatário. "Independência é comida no prato, e não fuzis", escreveu.

A afirmação é uma referência a uma declaração de Bolsonaro de 27 de agosto, quando o presidente incentivou a população a se armar e chamou de "idiotas" os que dizem ser melhor comprar feijão do que fuzil.

 

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