Hora de unir

Em nome da unidade, Mendonça Filho diz que já deixou 'rasteira do Podemos' no passado

O ex-candidato a prefeito do Recife disse que olhava para a frente

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Jamildo Melo

Publicado em 26/09/2021 às 17:33 | Atualizado em 26/09/2021 às 18:06
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Em discurso na festa de filiação de Miguel Coelho ao Democratas, neste sábado, no Recife, o ex-deputado federal Mendonça Filho defendeu por mais de uma oportunidade a necessidade de união, na direita, para tirar o PSB do poder.

Em dado momento, ele lembrou a eleição passada, quando disputava a prefeitura do Recife, ao lado de Priscila Krause como vice. Na reta final, o Podemos recorreu ao presidente Bolsonaro para tentar desidratar a queda nas pesquisas da candidata Patrícia Domingos, do Podemos. "Até perdi uma eleição por conta da divisão no Recife. Não tenho ressentimento. Olho para a frente", afirmou o ex-candidato, para quem ele estaria no segundo turno contra João Campos não fosse a movimentação.

Nestas eleições, o Podemos pode estar ao lado do Democratas. O presidente do partido, Ricardo Teobaldo, chegou a subir no palanque, mas não discursou.

Realizado dois dias depois da aliança anunciada entre Raquel Lyra e Anderson Ferreira, Mendonça Filho repisou a tecla de que o evento não era um ato para dividir as oposições. "O nosso projeto é juntar, somar as forças", em recado aos prefeitos aliados no mesmo campo.

Priscila Krause

Mendonça também gastou um bom tempo elogiando a deputada estadual Priscila Krause. "É quase uma irmã, guerreira brava e determinada". Ela foi muito aplaudida.

"Ela merece todos os gestos, pela lealdade e correção. É um dos melhores quadros da política nacional, uma voz da oposição local. Não foi para massagear o ego dela que nós fizemos as homenagens", comentou, depois, em coletiva de imprensa. "O valor dela será sempre reconhecido. Tem um futuro pela frente"

Mendonça negou que ela estivesse desconfortável no ato. "Não acho que ela estava desconfortável. Ela está em casa. Sempre fui correto com ela. Ela tem amizade e respeito por Raquel Lyra, mas não será um ato como este (filiação de Miguel Coelho para ser candidato) que vai ter efeito na sua representação política"

Críticas a Paulo Câmara

No discurso, Mendonça Filho disse a ACM Neto que era a verdadeira resistência ao PT e ao PSB, por 16 anos.

"Tem gente que entrega a alma ao diabo para vencer uma eleição. Nós somos resistência (mas não fazemos isto)", comentou, antes da referência indireta ao Podemos. "Você, Miguel, jovem e talentoso, tem coragem de enfrentar os desafios. Vai fazer isto de forma clara e respeitosa".

Na análise que fez do Estado, Mendonça afirmou que havia baixo altral, pobreza, violência, desemprego e perseguição a quem produz. "Quando vem a eleição, vem um saco de bondades. Passada a eleição, grassa a perseguição. Pernambuco é grande, mas está abandonado, está no canto", afirmou.

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