Escândalo

MP de São Paulo recebe informações da CPI da Covid e cria força-tarefa para caso Prevent Senior

PGJ explicou objetivos da força-tarefa do caso Prevent Senior para veículos de comunicação

Imagem do autor
Cadastrado por

Jamildo Melo

Publicado em 28/09/2021 às 9:05 | Atualizado em 28/09/2021 às 9:09
Notícia
X

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, informou que os documentos solicitados à Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia devem chegar ao MPSP no começo desta semana.

"Vamos fazer uma investigação criteriosa", declarou o PGJ ao jornalista Pedro Campos, da BandNews TV.

Na conversa com os apresentadores José Roberto Burnier, Leilane Neubarth e Camila Bomfim na Globonews, Sarrubbo explicou que os promotores da força-tarefa criada por meio da Portaria 9869/2021 para atuar no caso Prevent Senior é que vão definir o passo a passo para se apurar em que circunstâncias os medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 eram aplicados nos pacientes.

"É uma investigação complexa", afirmou à Rádio Eldorado, lembrando da necessidade de se analisar documentos, colher depoimentos e até mesmo solicitar a realização de perícias.

Falando também à TV Bandeirantes, à TV Gazeta, ao SBT, à BandNews FM e ao portal UOL, o PGJ enfatizou que "o Ministério Público, pela Constituição Federal, é o guardião da saúde, dos direitos sociais" e, por essa razão, o esforço para se esclarecer o caso. "Estamos cuidando de vidas", disse.

Em entrevista concedida ao "Jornal da CNN", o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, detalhou qual foi o seu propósito ao criar a força-tarefa que vai apurar se a aplicação de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19 em pacientes da Prevent Senior que vieram a óbito configura crime de homicídio. "Podemos estar lidando com crimes contra a vida. Que se faça justiça. Não podemos assistir sentados e de braços cruzados", disse Sarrubbo, em conversa com o âncora Wiliam Waack e a comentarista Raquel Landim.

O PGJ explicou aos jornalistas que, em tese, a conduta do plano de saúde pode ter sido marcada por "falsidade ideológica, lesão corporal" e falta de notificação devida às autoridades de saúde, infringindo o artigo 269 do Código Penal. Sarrubbo enfatizou que a orientação repassada à força-tarefa integrada pelos promotores do Tribunal do Júri Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho, que trabalharão em conjunto com o promotor natural, Rodolfo Bruno Palazzi, é realizar uma "investigação criteriosa" sobre as circunstâncias em que se adotou o "tratamento precoce".

O grupo, informou o PGJ, vai avaliar também os documentos que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia remeterá ao MPSP, conforme ele havia solicitado ao Senado Federal.

Tags

Autor