Crédito na praça

Estado de Pernambuco tem espaço para aumentar em até 57 vezes custo do pagamento de empréstimos

O secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, já reclamou em entrevistas que os empréstimos foram travados de forma arbitrária por portaria do ministro da Economia, Paulo Guedes

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Jamildo Melo

Publicado em 28/09/2021 às 15:48 | Atualizado em 28/09/2021 às 15:56
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Um relatório de gestão fiscal assinado pelo secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, revela que o Governo do Estado tem uma enorme "folga" para contrair e pagar novos empréstimos.

Segundo o documento, assinado nesta terça-feira (28), o Poder Executivo estadual poderia comprometer até 16% da receita anual com o serviço da dívida, mas atualmente só gasta 0,28% da receita com "Operações de Crédito Externas e Internas".

Ou seja, segundo uma fonte no Governo, há espaço fiscal para "ampliar o pagamento de empréstimos em até 57 vezes o custo atual".

Segundo o relatório, a "Dívida Consolidada Líquida" atual de Pernambuco é de R$ 9,4 bilhões. No entanto, o "Limite Definido por Resolução do Senado Federal" chega a R$ 60 bilhões.

A boa margem para a tomada de novos empréstimos justifica o Estado ter entrado no STF com ação contra o governo Bolsonaro, visando a liberação de um empréstimo com o Banco do Brasil, como o Blog informou em primeira mão. Na ocasião, a liminar foi deferida, a favor de Pernambuco, pelo ministro-relator Roberto Barroso.

O governador Paulo Câmara já anunciou que pretende obter empréstimos de até R$ 1,5 bilhão para transformar Pernambuco em um "canteiro de obras" em 2022, no Plano Retomada.

O secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, já reclamou em entrevistas que os empréstimos foram travados de forma arbitrária por portaria do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Balanço fiscal foi publicado no Diário Oficial, nesta terça-feira - Internet

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