Evitando o contágio

Deputado Ossesio também repudia decreto que exige comprovante de vacinação e teste negativo nas igrejas e templos religiosos em Pernambuco

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Jamildo Melo

Publicado em 02/10/2021 às 10:20 | Atualizado em 02/10/2021 às 10:27
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O deputado federal Ossesio Silva (Republicanos/PE) reagiu com duras críticas ao decreto do governo de Pernambuco que exige a apresentação de teste negativo de Covid-19 ou comprovante de vacinação completa para liberar a presença de fiéis em cerimônias religiosas com mais de 300 pessoas.

A determinação foi feita pelo governador Paulo Câmara (PSB), na última segunda-feira (27), e foi regulamentada por portaria conjunta das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico. O blog revelou a medida em primeira mão.

Para o deputado Ossesio a exigência é uma afronta às instituições religiosas de Pernambuco, que, segundo ele, sempre respeitaram todas as medidas sanitárias durante a pandemia. Vários outros setores devem cumprir regras para reabertura, não apenas as igrejas.

"Um verdadeiro absurdo esse decreto, uma total perseguição contra às igrejas, por que no transporte público, principalmente nos ônibus e metrô, nos supermercados, bancos, farmacias e em vários outros estabelecimentos e locais não são pedidos o comprovante de vacina ou o teste para covid 19. As atividades religiosas vêm cumprindo os protocolos, como a exigência do uso de álcool em gel, máscara e distanciamento físico, com todos os cuidados. Agora exigir passaporte sanitário, eu sou contra e estamos cobrando ao Governo do Estado para que suspendam esse decreto” disse.

O republicano também se manifestou sobre o decreto no plenário da Câmara dos Deputados.

O parlamentar disse acreditar que o decreto é arbitrário e segundo os dados do próprio governo de Pernambuco, os que receberam a 2° dose ou dose única da vacina, ainda está abaixo do esperado.

“Os dados oficiais mostram que menos de 38% da população receberam a 2° dose ou dose única, isso significa que mais de 62 % da população ainda não completaram o esquema vacinal e não poderiam participar dos cultos, pelas regras publicadas pelo governo estadual. Um verdadeiro absurdo e dá a impressão de que o decreto, da forma como foi feito, deixa inviáveis os trabalhos religiosos no nosso estado. Com essa decisão do governo do estado, milhões de cristãos serão prejudicados sem poderem ir às igrejas e templos religiosos em Pernambuco” afirmou.

O deputado destacou a importância do trabalho das igrejas e que está buscando medidas para suspender os efeitos do decreto do governo de Pernambuco.

“Estamos apoiando a Bancada Evangélica e cobrando ao governo do estado a suspensão desse decreto. Também vamos adotar medidas no campo da justiça. Essa decisão, já é considerada inconstitucional por especialistas em direito e vem gerando grande polêmica não só em Pernambuco, mas também no país, uma vez que o decreto pode ser copiado em outros estados. Sou completamente contrário a essa medida absurda do governo do estado. A igreja é essencial e tem salvado vidas. Tanto o trabalho social quanto o espiritual, é fundamental para milhões de famílias em Pernambuco” externou.

Pernambuco é um dos estados com a maior concentração de cristãos do Nordeste, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. São 5.834.601 de católicos e 1.788.973 de evangélicos, de acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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