Parque urbano

Habitacionais do Aeroclube: audiência pública apresenta critérios para escolha dos 600 beneficiários

Vereador Paulo Muniz media encontro, nesta quinta (21), com representantes da Prefeitura do Recife e de movimento popular do Bode

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Jamildo Melo

Publicado em 21/10/2021 às 10:15 | Atualizado em 21/10/2021 às 15:21
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Abril de 2022 é o prazo para a entrega dos habitacionais Encanta Moça 1 e 2, que estão em fase de conclusão no antigo terreno do Aeroclube, no Pina.

Quais os critérios para eleger os beneficiários dos 600 apartamentos?

Quando será anunciada a lista com os nomes dos proprietários?

Que estratégias serão adotadas para promover a participação social e abordar a gestão condominial com as famílias?

Que políticas públicas assegurarão as condições adequadas de moradia?

Os vereadores do Recife vão tratar destas questões em audiência pública, nesta quinta-feira (21), às 15h, com mediação do vereador Paulo Muniz (SD), presidente da Comissão de Acompanhamento das Obras do Parque do Aeroclube da Câmara Municipal do Recife.

Para esclarecer as questões, participará do encontro a secretária-executiva de Políticas Habitacionais da Secretaria de Habitação do Recife, Norah Helena dos Santos Neves.

Também estará presente, representando o Movimento Cabe Mais Casa no Aeroclube, o acelerador social da Comunidade do Bode Pedro Stilo. Cinthia Mello, chefe do Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura do Recife, estará como ouvinte da audiência.

A transmissão, aberta ao público e com participação popular, acontecerá no canal do Youtube da Câmara Municipal do Recife.

O Encanta Moça 1 (com área de terreno de 15.537,46 m²) e o 2 (com 16.303,44 m²) terão 300 unidades habitacionais, cada, além de quadra polivalente, praça/playground e centro comunitário.

Os apartamentos estão distribuídos em sete blocos com cinco pavimentos e oito apartamentos por andar + um bloco com cinco pavimentos e quatro apartamentos por andar. Estima-se que 2,1 mil pessoas lá residirão.

Os condomínios integrarão o Parque do Aeroclube, anunciado pela Prefeitura do Recife como o maior parque urbano da cidade, com 12 hectares.

Divulgação
Felipe Cury - Divulgação

Petista reclama

"Essas audiências são insuficientes e, na minha opinião, ainda está sendo feito um debate superficial. Outra coisa: não entendo pq não fazer presencial!? Esse modo online não está permitindo a participação da população. Nem perguntas estão podendo ser feitas. A participação dos representantes da comunidade também não está sendo efetivo, amplo e aberto", afirma ao blog o ativista social Felipe Cury, do PT.

"Enfim, os pontos críticos do projeto estão sendo relegados, omitidos no debate. Como exemplo: existem mais palafitas cadastradas que apartamentos em construção; como será implantado um projeto imobiliário privado num terreno público? Quais benefícios e contra partida isso vai gerar? Para isso acontecer, segundo o Plano Diretor do Recife, terá que ser aprovado um projeto urbanístico específico para aquela área. Haja vista que o Aeroclube está enquadrado na lei como uma área de Projetos Especiais (Art. 137 do Plano Diretor)."

"Para um projeto tão importante como esse, é imperativo um debate aberto com a sociedade. O projeto e, somos a favor com todas as ressalvas colocadas aqui, principalmente, em abrir espaço para o mercado imobiliário neste território especificamente. A cidade do Recife é quem tem que ganhar! As pessoa terão que ser contempladas com um grande projeto para a cidade".

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