ECONOMIA

Paulo Guedes ataca ex-ministros: "Tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna"

Ao lado de Bolsonaro, Guedes partiu para o ataque contra colegas que o criticaram

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Augusto Tenório

Publicado em 24/10/2021 às 15:23
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Criticado pelo furo no teto de gastos para bancar o Renda Brasil, anunciado por Jair Bolsonaro (sem partido) no valor de R$ 400, Paulo Guedes partiu para o ataque. Ao lado do presidente da República, o ministro da Economia criticou seus antecessores na manhã deste domingo (24).

Irritado com a má repercussão no mercado e lideranças políticas, o ministro criticou os economistas Maílson da Nóbrega, Affonso Celso Pastore e Henrique Meirelles (PSD). Segundo o titular da Economia, os colegas não fizeram "nada" quando estavam na equipe econômica.

"[Henrique Meirelles] não fez a Reforma da Previdência, não fez a Reforma Tributária. Não fez nada. Só botou o teto e saiu correndo", disse Paulo Guedes sobre o ministro da Fazenda do governo de Michel Temer (MDB), criador do teto de gastos.

Sobre Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda entre 1988 e 1990, o ministro comentou: "levou o Brasil para 5.000% de inflação, com a política do feijão com arroz dele". "Então, ele levou o governo brasileiro ao caos, à hiperinflação".

A crítica mais ácida, porém, foi guardada para Affonso Pastore: "Trabalhou com o governo militar, do Figueiredo, que foi um caos, que tocou fogo no Brasil, porque fez uma política errada, ele estava no Banco Central, não fez nada, e está me criticando porque estou ajudando um presidente democraticamente eleito. Ele ajudou um governo que não foi democraticamente eleito. Tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna".

O furo no teto que tanto irritou Paulo Guedes

A medida foi adotada após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), como regra fiscal para limitar a despesa pública do ano ao orçamento do ano anterior corrigido pela inflação.

Nessa quinta (21), aprovou-se na Comissão Especial da Câmara a PEC dos Precatórios. Isso permitiu a abertura de espaço para que se fure o teto de gastos no próximo ano, quando Jair Bolsonaro estará oficialmente em campanha pela reeleição.

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