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Vereador de oposição pede regularização fundiária e cronograma de obras do habitacional Vila Esperança

e acordo com a oposição, o projeto já consumiu mais de R$ 22 milhões dos cofres públicos, estava paralisado desde 2014 e teve as obras retomadas pela Prefeitura do Recife (PCR) em setembro deste ano

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Jamildo Melo

Publicado em 25/10/2021 às 20:45 | Atualizado em 25/10/2021 às 20:51
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Durante audiência pública na tarde desta segunda, 25, o vereador Alcides Cardoso (DEM) cobrou da Prefeitura do Recife a regularização fundiária, o cronograma das obras do habitacional da Vila Esperança e maior transparência e diálogo com os moradores durante o processo de desapropriação.

Cerca de cinquenta casas da Vila Esperança/Cabocó, que estão numa ZEIS protegida por lei, serão derrubadas por conta da construção da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que vai ligar os bairros do Monteiro e Iputinga.

Após a audiência, a Prefeitura tem quinze dias para enviar à Câmara de Vereadores informações detalhadas sobre o habitacional, planejamento das ações previstas para o projeto de indenização e desapropriação, relatório das famílias afetadas, e o andamento do processo de regularização fundiária da comunidade.

“Hoje inclusive, ressaltando ainda mais a relevância desta audiência pública, o prefeito João Campos esteve no local das obras, para surpresa de toda a comunidade e desta Câmara de Vereadores, e anunciou às pressas, através das redes sociais, a construção de um habitacional com setenta e cinco apartamentos de dois quartos e quarenta metros quadrados. O anúncio ocorreu sem qualquer diálogo com a comunidade. Esse processo precisa ser realizado de forma transparente, com diálogo e justiça perante os moradores da ZEIS", diz o vereador.

De acordo com a deputada estadual Priscila Krause (DEM), antes da retirada das famílias é preciso que a regularização fundiária seja feita para que possa ser pago um preço justo e que também ninguém saia da área sem que o habitacional seja entregue.

“Não é papel da URB regatear. É papel da URB pagar o preço justo para as famílias que estão lá e defendem seu direito à moradia. A URB não é um balcão de negócios. Eles não têm a titularidade porque a Prefeitura não fez a regularização fundiária. Não podemos ter mais famílias vítimas do descaso. As pessoas precisam ser respeitadas e ouvidas”, disse.

Participaram da audiência, os vereadores Ivan Moraes (PSOL), José Neto (PROS), Tadeu Calheiros (Podemos), representantes da URB, da Prefeitura do Recife e da localidade.

De acordo com a oposição, o projeto já consumiu mais de R$ 22 milhões dos cofres públicos, estava paralisado desde 2014 e teve as obras retomadas pela Prefeitura do Recife (PCR) em setembro deste ano.

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