ELEIÇÕES 2022

Moraes diz que "se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado"

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes votou contra a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

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Augusto Tenório

Publicado em 28/10/2021 às 12:02 | Atualizado em 28/10/2021 às 12:25
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INTERFERÊNCIA Despacho foi no inquérito aberto na denúncia de Moro
INTERFERÊNCIA Despacho foi no inquérito aberto na denúncia de Moro - ROSINEI COUTINHO/SCO/STF

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes votou pela absolvição da chapa Bolsonaro-Mourão no julgamento sobre disparos em massa nas eleições de 2018. Apesar disso, o ministro fez críticas às milícias digitais e afirmou que, se o mesmo ocorrer nas eleições de 2022, haverá cassação de registros.

Alexandre de Moraes é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e, no próximo ano, será presidente do TSE. Nesta quinta (28), a corte julga ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão sobre contratação de de empresas para disparos de mensagens. O voto pela absolvição de Bolsonaro e Mourão foi justificado por questão de "lapso temporal".

"O lapso temporal pode ser impeditivo de uma condenação, mas não é impeditivo da absorção, pela Justiça Eleitoral, do modus operandi que foi realizado, e que vai ser combatido nas eleições 2022. Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado. E as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia no Brasil", disse o ministro Alexandre de Moraes.

Elas foram abertas pela coligação O Povo Feliz de Novo (PT, PC do B e Pros). Os partidos alegam que as mensagens impactaram de forma indevida o resultado nas eleições.

Embora tenha votado pela absolvição de Bolsonaro e Mourão por uma questão de "lapso temporal", Moraes disse que houve disparo em massa e que houve financiamento não declarado para esses disparos.

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