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Pesquisa Ipespe: Para 67% dos entrevistados, economia está no caminho errado

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Jamildo Melo

Publicado em 03/11/2021 às 11:49 | Atualizado em 03/11/2021 às 11:55
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O sociólogo Antônio Lavareda destaca, na pesquisa Ipespe divulgada nesta quarta, a opinião de que a economia está no caminho errado ultrapassa dois terços dos brasileiros (67%).

"Em setembro eram 64%. Os que acham que ela “está na direção certa” recuaram de 27% para 24%. Não preciso repetir que esse - a percepção da economia - é um dos três vértices do triângulo que ao final do primeiro trimestre do ano que vem, a seis meses da votação, apontará o destino do projeto de reeleição do presidente. O Governo dispõe, de fato, de cinco meses para apresentar resultados no combate à inflação, ao desemprego, e na distribuição do Auxílio Brasil, substituindo, com valor maior (400 reais), o Bolsa Família praticado há 18 anos", diz.

"A partir de abril, a máquina pública contará cada vez menos e para conquistar os eleitores ele só disporá, basicamente, da campanha. Necessitará mexer nesse ponteiro antes dela. Campanhas são importantes mas não fazem milagres".

Em relação ao próximo presidente, a agenda do eleitorado enfatiza os temas econômicos (44%).0

"Nessa categoria estão a inflação (18%), o desemprego,14%, a fome/miséria,(11%) e os salários com 1% de menções. Vindo em segundo lugar a Educação, 27%, e em terceiro a Saúde, 15%. O que, de certa forma, dialoga com o arrefecimento da pandemia e as dificuldades encontradas na volta às aulas presenciais. A expectativa de que o combate à corrupção seja o carro-chefe do próximo Governo atinge apenas 6%. O que não é boa notícia, a princípio, para o possível candidato Sérgio Moro.", afirma.

AVALIAÇÃO GERAL DO GOVERNO SE MANTÉM ESTÁVEL, COM O “RUIM OU PÉSSIMO” (54%) OSCILANDO UM PONTO ABAIXO.

A leitura positiva (“ótimo/bom”) manteve-se no mesmo patamar, 24%. A desaprovação (64%), igual a de setembro, é mais que o dobro da aprovação, que continuou em 30%. Nesse quesito entra o “conjunto da obra” durante o mandato. É o terceiro vértice do triângulo que precisará ser substancialmente alterado para viabilizar a reeleição.

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