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Danilo Cabral denuncia acefalia do Inep

Confusão com demissões acontece às vésperas da realização do Enem

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Jamildo Melo

Publicado em 11/11/2021 às 9:35 | Atualizado em 11/11/2021 às 9:40
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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, prestou esclarecimentos na Comissão de Educação sobre o pedido de demissão em massa de servidores do órgão às vésperas da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O presidente da autarquia esteve presente no colegiado, nesta quarta-feira (10), após acordo com parlamentares que apresentaram requerimento solicitando a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Entre os signatários do documento está o líder do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PE).

“Estamos vivenciando um ambiente de intranquilidade e insegurança na educação brasileira, especialmente para aqueles que vão se submeter ao Enem no próximo dia 21. A percepção que nós temos é que o órgão se encontra acéfalo”, afirmou Danilo Cabral.

Segundo ele, o Inep é um órgão estratégico para a educação pública brasileira, por ser o responsável pelo levantamento dos principais indicadores do país e também pela realização do principal instrumento de acesso ao ensino superior.

Danilo Cabral afirmou que, além das graves denúncias que precisam ser apuradas com profundidade, a saída de servidores de áreas estratégicas para a realização do Enem, como os responsáveis pela fiscalização do cumprimento do contrato e pelo sistema de monitoramento de incidentes, prejudica o Enem.

Segundo informações veiculadas na imprensa, 37 servidores do Inep pediram exoneração de suas funções, alegando “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do órgão” e mencionaram episódios de assédio moral.

O presidente do Inep declarou que o Enem será mantido entre os dias 21 e 28 de novembro e que está tudo sob controle, mas de acordo com o líder do PSB, gestores estaduais relatam que o cronograma está atrasado e que prejudicará a capacitação dos formadores.

“Todo o atraso na ponta gera insegurança nos estudantes. Essa é uma questão séria e que precisa ser tratada com responsabilidade. A crise na educação no governo Bolsonaro não é uma crise, mas um projeto político”, disse Danilo.

O socialista acrescentou que as falas de Dupas não deram respostas objetivas sobre o ambiente de insegurança e intranquilidade que vive o Inep.

“Danilo Dupas é o quinto presidente do órgão no governo Bolsonaro. Nesse ambiente é impossível estabelecer qualquer planejamento sustentável. Estamos falando de um órgão estratégico, relevante e que poderia apontar um caminho para recompor a educação pública.”

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