Moro perdeu a chance de ser "imbatível", avalia cientista político
Antônio Lavareda avalia candidatura do ex-ministro de Bolsonaro
Para Antônio Lavareda, sociólogo e cientista político, Sérgio Moro (Podemos) perdeu a chance não somente de ser presidente da República, mas de ser "imbatível" em 2018. A análise foi feita em entrevista concedida ao Estadão sobre as eleições de 2022.
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"Segundo a Bíblia — por acaso no Livro dos Juízes — Deus dá até duas oportunidades aos escolhidos. Moro seria imbatível em 2018, no apogeu da lava jato. Não foi candidato. E teve uma segunda chance após sair do ministério. Em abril de 2020, com 18%, estava dois pontos atrás de Bolsonaro. Mas saiu do país e tenta hoje uma terceira oportunidade de protagonizar. Inicia agora bem abaixo (8%). É mais forte entre os eleitores mais velhos, de maior escolaridade, no Sul e Sudeste. Ainda distante de Bolsonaro mesmo nesses segmentos. Terá de disputar os 55% que elegeram o presidente", avaliou Lavareda ao veículo.
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De fato, as mais recentes pesquisas eleitorais mostram que a candidatura de Moro fragmentou a terceira via. O ex-juiz, apesar de ter ultrapassado Ciro Gomes na pesquisa Genial/Quaest, soma apenas 8% das intenções de voto, bem atrás de Jair Bolsonaro (sem partido), com quem disputa votos da direita.
Os números ainda mostram que, mesmo num eventual segundo turno, Sérgio Moro perderia para o ex-presidente Lula (PT). Por outro lado, a pesquisa Realtime/BigData indica que o ex-ministro de Bolsonaro venceria facilmente vaga no Senado caso disputasse a eleição em São Paulo.