Alberto Feitosa contra projetos de combate a homofobia no serviço público
Deputado estadual avalia que projetos prejudicam prestadores de serviço em Pernambuco
Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, tramitam dois projetos contra a homofobia, transfobia ou racismo no serviço público. Alberto Feitosa (PSC) vai entrar com requerimentos contra as duas iniciativas, alegando prejuízo aos prestadores de serviço no estado.
O PL 2307/2021, cuja autoria é do deputado Clodoaldo Magalhães, foi aprovado na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), sob relatoria do deputado Aluísio Lessa (PSB). O PL versa sobre critérios a serem adotados na contratação de terceirizados pela administração pública, impedindo a entrada de condenados por homofobia e transfobia.
Já o segundo proíbe que uma empresa cujo proprietário ou diretor tenha praticado crimes de homofobia, transfobia ou racismo seja contratada pelo Estado ou Municípios em Pernambuco.
- 'Emendas participativas quebram a lógica dos acordos de bastidores', avalia Túlio Gadelha
- Incentivos da prefeitura devem atrair empreendimentos e moradores para o centro do Recife
- 'Cantorias', por José Paulo Cavalcanti Filho
- Após anunciar o Recentro, prefeitura realiza mutirão de limpeza no Recife Antigo
"Temos aqui dois projetos perigosos, uma vez que, no primeiro caso, punirá a pessoa duas vezes, pelo crime praticado e com a perda do emprego, o que contraria o art. 6° da CF que garante o direito ao trabalho. Vale salientar que o congresso nunca legislou sobre os crimes de homofobia e transfobia, mas sim o STF", avalia Alberto Feitosa (PSC).
"O segundo projeto é ainda pior. Imagina se o dono de uma empresa, que esteja prestes a renovar um contrato com o município, cometer um desses crimes; a empresa e seus funcionários serão prejudicados porque a pessoa jurídica estará proibida de renovar seu contrato com o Estado; desta forma, todos os funcionários podem ser demitidos pela suspensão do contrato. Pergunto: que culpa tem os prestadores desta empresa com o crime realizado pelo dono?", completou o parlamentar.