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Veja os principais pontos abordados por Sérgio Moro no seu livro

Pré-candidato à Presidência da República tenta, em livro, se descolar da imagem de Bolsonaro

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Augusto Tenório

Publicado em 30/11/2021 às 1:42 | Atualizado em 30/11/2021 às 10:37
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No livro Contra o sistema da corrupção (Primeira Pessoa, 2021), Sérgio Moro (Podemos) não dedica seu texto somente à anticorrupção, sua principal plataforma enquanto pré-candidato à Presidência da República.

O ex-ministro da Justiça dedica boa parte da obra a avaliar sua passagem pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a quem dedica diversas críticas. Mas Sérgio Moro também fala sobre o Judiciário e até elogia João Doria (PSDB), com quem deve discutir em breve as eleições de 2022.

A obra é lançada num contexto de intensificação da sua agenda enquanto político. Para divulgá-la e fazer circular seu nome e imagem nacionalmente, o ex-juiz viaja o Brasil para promover seu livro. No Recife, ele lança a publicação com debate marcado para o próximo domingo, 5 de novembro, no RioMar.

Confira os principais pontos abordados por Moro no livro Contra o sistema da corrupção:

Sérgio Moro chama Bolsonaro de traidor e admite que errou ao assumir Ministério da Justiça

Na obra, Sérgio Moro reserva as críticas mais duras a Jair Bolsonaro (sem partido), a quem chama de traidor. Na obra, também sustenta que o presidente fez sabotagem à agenda anticorrupção. Um ano e quatro meses depois de assumir o posto, o ex-juiz abandonou o governo Bolsonaro.

ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Bolsonaro se aproxima de uma possível candidatura presidencial contra o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro - ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

"Ora, Bolsonaro não manteve a palavra nem sob o combate à corrupção, quanto mais a uma indicação ao STF (que ele afirma nunca ter sido negociada para a indicação", diz. "Minha expectativa era de que Bolsonaro adotasse um tom de estadista, uma postura mais modesta", avaliou. Continue lendo sobre esse tópico.

Na economia, Moro elogia a iniciativa privada e defende liberalismo

O ex-ministro Sérgio Moro fala pouco de política econômica na obra, mas apresenta-se como liberal no setor.

"Em relação à economia, quero deixar bem claro que não sou um especialista na área. Ainda assim, acredito, acima de tudo, na vitalidade do setor privado, que deve ser o motor do crescimento econômico e multiplicador do bem estar social. Isso não significa que o Estado não tenha um papel relevante", diz.

"O problema é que o governo se rendeu ao patrimonialismo", crava. Continue lendo sobre o tópico.

Reclamação sobre advogados de Lula e elogio a João Doria

Na obraSérgio Moro (Podemos) parece poupar Lula de maiores críticas, enquanto foca sua atenção a Bolsonaro, dando a impressão de que planeja polarizar com o ex-presidente em outro momento.

No capítulo que descreve a polêmica com os áudios de Dilma para a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, Moro recorre a Obama para chamar Lula de "ladrão", citando um trecho da recente biografia do ex-presidente dos EUA.

"A defesa construiu um álibi de que ele era perseguido", diz. Continue lendo sobre o tópico.

Crítica sobre liberação da maconha e defesa do combate ao tráfico

Ao falar de combate à violência no Brasil, no livro Contra o sistema da corrupção, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) faz a mea culpa de que deveria ter ajudado mais no Rio de Janeiro, quando era ministro da Justiça de Bolsonaro. Ele explica que o combate ao tráfico reduz a violência urbana e também falou sobre João Doria, nome do qual se aproximou recentemente. Continue lendo sobre esse tópico.

Crítica Judiciário, mas elogio a Marcelo Bretas: 'Justiça e política não devem se misturar'

O ex-ministro Sérgio Moro lista uma série de críticas ao Judiciário brasileiro e elogia poucas pessoas. Uma delas é o magistrado federal carioca Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro. Continue lendo sobre esse tópico.

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