"Na vida a Bíblia, na Corte a Constituição", diz André Mendonça ao defender sua indicação ao STF
Ex-ministro de Jair Bolsonaro, André Mendonça tenta se defender de críticas sobre influência da religião em suas possíveis decisões no STF
Durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça no Senado, André Mendonça defendeu sua indicação ao Supremo Tribunal Federal. O ex-ministro da Justiça, indicado em julho por Jair Bolsonaro (PL), negou influência da religião na sua atuação na Corte, caso aprovado pelos parlamentares.
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"Na vida a Bíblia, na corte a Constituição. Na Suprema Corte defenderei a laicidade estatal e a liberdade religiosa de todo cidadão, inclusive daqueles que não manifestam qualquer crença", disse André Mendonça no seu discurso de abertura.
A possível influência religiosa no Supremo Tribunal Federal é a principal crítica feita ao ex-ministro de Bolsonaro. Isso acontece porque a segunda indicação de Jair Bolsonaro, como garantiu o presidente, seria de um jurista "terrivelmente evangélico". O mandatário, inclusive, já defendeu a realização de oração antes das sessões do STF.
André Mendonça, porém, negou essa possibilidade: "Não há espaço para manifestação pública religiosa durante uma sessão do STF. Isso não significa que antes de começar o dia de trabalho, ou antes de começar esta sessão, por exemplo, ou mesmo antes de me alimentar, eu não faça minha oração individual".