Alcides Cardoso critica João Campos. 'Compra mal sucedida de tablets é a marca na educação'
Em setembro, o oposicionista cobrou informações à gestão sobre o cronograma de entrega dos tablets e as razões para o atraso
O vereador Alcides Cardoso (DEM) questionou, em discurso na reunião plenária da Casa de José Mariano desta terça-feira (7), a execução do programa de ensino híbrido EducaRecife sem a entrega dos tablets prometidos pela Prefeitura do Recife.
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Suspensa por uma medida cautelar da conselheira do Trbunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) Teresa Duere pela existência de várias irregularidades, a licitação para compra de 67 mil tablets, no valor de R$ 93 milhões, aos alunos da rede municipal de ensino é um dos eixos do programa da gestão, anunciado no último mês de junho.
“A compra mal sucedida de tablets é até aqui a marca de João Campos na educação. O EducaRecife se tornou um programa de ensino híbrido capenga porque um dos seus eixos, justamente a compra e a entrega dos equipamentos, não foi cumprido pela prefeitura. Infelizmente, a Prefeitura do Recife vem penalizando milhares de alunos, que já tiveram um prejuízo enorme por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19 na educação”, disse o democrata.
Alcides Cardoso criticou também a resposta da prefeitura à medida cautelar da conselheira Teresa Duere pela tentativa de se eximir da culpa pelos atrasos na entrega dos tablets.
"Segundo a decisão, o descumprimento dos prazos foi causado pelas irregularidades na licitação e pela insistência da Secretaria de Educação do Recife em não desclassificar a empresa vencedora, ignorando que ela não apresentou o certificado da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e que não havia obedecido os prazos do edital", diz.
“Apesar da suspensão da licitação, a gestão mantém um discurso que é facilmente desconstruído pelos apontamentos da liminar. Em nota à imprensa, a prefeitura disse, espantosamente, “que foge ao controle da gestão” a não entrega dos tablets no prazo. O que é uma resposta absurda porque bastava desclassificar a empresa vencedora da licitação”, disse o vereador.
Em setembro, o oposicionista cobrou informações à gestão sobre o cronograma de entrega dos tablets e as razões para o atraso.
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O vereador questionou se os aparelhos eram certificados pela Anatel e se havia a oferta de assistência técnica na cidade para possíveis reparos.
“E o que eu temia ocorreu: agora não temos sequer previsão de entrega dos equipamentos para os nossos alunos”, afirmou o parlamentar.