ECONOMIA

IBGE: vendas do varejo em Pernambuco caem pelo terceiro mês consecutivo

Pesquisa Mensal do Comércio mostra os indicativos do varejo no estado

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Cadastrado por

Augusto Tenório

Publicado em 09/12/2021 às 9:38
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Levantamento do IBGE mostra que Pernambuco registrou queda de 1,5% nas vendas do comércio varejista em outubro. Trata-se do quinto pior resultado do país, apresentando recuo também em comparação ao mês de setembro, quando a retração foi de 0,4%. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nessa quarta-feira (8).

O desempenho negativo de Pernambuco é superado apenas pelo Amapá (-2,8%), Roraima (-2,3%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Espírito Santo (-1,6%). No Brasil, houve estabilidade (-0,1%).

Se a comparação é entre outubro de 2021 e 2020, nota-se queda de 7,7% no volume do varejo em Pernambuco. Desempenho negativo é superior à média nacional (-7,2%). A variação acumulada no ano, por outro lado, foi positiva e marcou 4,6%, enquanto o percentual alcançado pelo Brasil é de 2,6%. A variação acumulada de 12 meses teve resultado semelhante, com avanço de 5,1% no estado contra um aumento de 2,6% no país.

Comércio varejista ampliado, porém, apresenta desempenho superior ao nacional em todos os índices pelo segundo mês consecutivo

Por outro lado, no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, os índices foram bem mais favoráveis para o estado, mesmo com queda de 0,6% para o mês de outubro. O Brasil apresentou retração ligeiramente maior: -0,9%.

Já entre outubro de 2021 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco teve alta de 9,4%, o maior percentual do país, enquanto o Brasil amargou uma retração de 7,1%. No acumulado do ano, por sua vez, o estado avançou 20,5%, também o melhor resultado do país. O mesmo ocorreu no acumulado dos últimos 12 meses. Pernambuco teve o melhor desempenho do Brasil, com alta de 18,3% frente a 7,3% a nível nacional.

Das 13 atividades varejistas e suas subdivisões investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio,
quatro tiveram alta em outubro de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Veículos, motocicletas, partes e peças tiveram o maior crescimento, de 56,8%, e ajudaram a melhorar o índice geral do comércio varejista ampliado. Os outros segmentos com variação positiva foram Livros, jornais, revistas e papelaria (11,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,5%), Combustíveis e lubrificantes (1,6%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,8%).

No acumulado de janeiro a outubro de 2021 em contraste com o mesmo período de 2020, sete categorias tiveram alta. Os maiores índices ficaram novamente com Veículos, motocicletas, partes e peças (73,2%), seguidos pelos Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (33,4%). Tecido, vestuário e calçados (24,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (20,6%), Combustíveis e lubrificantes (9,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (8,3%) e Material de construção (3,6%) também registraram avanço.

Na variação acumulada dos últimos 12 meses, seis categorias apresentaram alta e, mais uma vez, a dianteira ficou por conta dos veículos, motocicletas, partes e peças (60,9%), junto aos Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (33,4%). Nos índices por área pesquisados pela PMC, os eletrodomésticos tiveram as maiores quedas, seja na variação entre outubro de 2021 e o mesmo período do ano passado, com retração de 35,2%, seja no acumulado do ano (-23%), seja na variação acumulada de 12 meses (-16,3%).

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