João Campos defende entrega de instrumentos musicais e critica polêmica com tablets

Sobre a questão dos instrumentos musicais. O TCE suspendeu os pagamentos e disse no relatório que a compra foi exagerada. O que o senhor pretende fazer sobre esse tema? Eles foram comprados ainda na gestão passada. O senhor pretende entregar ou devolver o que ainda não foi pago?

"Tudo que foi adquirido será utilizado, são para os alunos, para a produção musical das escolas. É para a formação da nossa juventude com a cultura. Todo o diálogo acontece entre a Prefeitura do Recife e o Tribunal de Contas. Então a nossa procuradoria tem um diálogo próximo ao tribunal e qualquer dúvida ou questionamento, com relação a esse item ou qualquer outra coisa, há um processo de construção e diálogo. Sobre esse item: hoje tem um plano, já desenhado pela secretaria, sendo dialogado e construído junto ao Tribunal para mostrar tudo que será feito e utilizado", disse.

João Campos disse que não são 14 mil instrumentos. "São sete mil instrumentos e sete mil suportes de leitura de partitura... Metade da aquisição foi paga e a outra metade não foi paga por uma decisão do Tribunal, respeitada pela prefeitura", afirmou.

João Campos garantiu que tudo vai ser utilizado.

"Tudo está sendo dialogado com o Tribunal. Esse plano está sendo feito em discussão para mostrar que é possível a execução, é possível a utilização, e que estamos fortalecendo a educação no Recife. Temos compromisso com a educação, nós lançamos o Embarque Digital, o maior programa em parceria com o Porto Digital desde sua criação. Duas mil vagas serão fornecidas para o jovem da escola pública fazer curso superior na área de tecnologia, sendo metade para a população negra. Estamos duplicando as vagas em creches na cidade com modelos inovadores, com lançamento de edital para credenciamento de vagas que eram de escolas privadas e foram fechadas, trazendo-as para o ensino público. A gente acredita na educação".

Polêmica com tablets

Na mesma entrevista, o prefeito foi instado a falar sobre a questão dos tablets. O TCE disse que era para voltar com a licitação. O SJCC perguntou se havia nova estratégia e se ainda vão conseguir entregar esses tablets?

"A aquisição dos tablets está em curso. O processo licitatório tem uma série de etapas e sempre as aquisições são feitas dialogando com os órgãos de controle. Já estamos na fase final desse processo, há uma dificuldade de suprimento de material de informática no mundo inteiro… Isso atrapalha o prazo dos fornecimentos, mas é um compromisso nosso. Nós lançamos o Educa Recife, que não é uma obrigação. O Governo Federal até hoje briga na Justiça contra a lei de conectividade e eu nunca vi vocês trazendo isso em pauta para questionar o Governo Federal. Como uma lei federal é aprovada pelo Congresso para garantir acesso à internet para 14 mil escolas no Brasil e o Governo Federal judicializa contra? Não era obrigatório construir uma estrutura como essa nem tivemos suporte federal. Lançamos uma escola com 100% das aulas digitais, capacitamos 50 professores, multiplicamos por 14 o número de horas/aula disponíveis e lançamos uma série de iniciativas para modernização do nosso parque tecnológico. Uma delas é a aquisição de tablets, que estamos finalizando o processo de aquisição, para no próximo ano fazer todas as entregas de mais de 40 mil tablets".

Devolução de galpões

A PCR decidiu entregar os galpões alugados no Cabo, pela secretaria de educação. O blog questionou se João Campos considerou inadequada a localização ou o custo da iniciativa? O que pesou para o recuo da decisão da Prefeitura?

João Campos respondeu.

"Na nossa avaliação, não tinha inadequação. O custo foi dentro dos padrões do mercado e havia uma necessidade da secretaria. Mas como houve determinação por parte do Tribunal de Contas, não se discute, se cumpre. Nós cumprimos a decisão".