
O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Caso Beatriz já conta com a assinatura de 11 deputados estaduais. Para instaurar a chamada CPI do Caso Beatriz na Alepe são necessárias 17 assinaturas de parlamentares.
Com a adesão da tucana Alessandra Vieira, de oposição, nesta quinta, o número subiu para 12 assinaturas. A grande maioria é formada por partidos de oposição, como PTB, Democratas, PSDB e PSC.
No entanto, há dois nomes do PP, que pertence à base governista.
Como o Blog de Jamildo noticiou, o pedido de abertura da CPI do Caso Beatriz foi anunciado pelo deputado estadual Romero Albuquerque (PP).
A ação acontece após o novo advogado do principal suspeito do assassinato da menina divulgar carta na qual seu cliente nega ter cometido o crime.
Se instaurada, a CPI do Caso Beatriz pode trazer novas repercussões sobre o processo de investigação, alvo de duras críticas por parte dos pais da menina, durante o ano de disputa eleitoral.
A movimentação já suscita debate sobre politizar temas de repercussão midiática perto do pleito.
Romero, junto com Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), informaram que apresentarão o pedido da CPI no retorno das atividades na Casa, marcada para acontecer no próximo dia 01 de fevereiro.
Enquanto isso, o grupo continua se movimentando e avalia ter garantido a assinatura dos principais oposicionistas. Apesar de 12 terem declarado apoio à abertura da CPI, eles já contam com apoio de 13 parlamentares.
A ideia, agora, é intensificar a ofensiva para convencer os parlamentares ainda em dúvida sobre a abertura da CPI. Para isso, foi criado um site no qual aponta-se quais deputados estaduais já declararam apoio à medida.
A ferramenta pode pressionar os políticos, tendo em vista o apelo popular do Caso Beatriz.
"O país testemunhou reviravoltas e mudanças bruscas no caso Beatriz, que no meu entender são estranhas. E por acreditar que o nosso trabalho poderá agregar às investigações, por respostas e por Justiça, lutaremos para que essa CPI aconteça e tragas resultados positivos. É o mínimo que como parlamentares podemos fazer para garantir a mãe e a família, aquilo que o estado se eximiu de fazer", comentou Clarissa Tércio.
Potência política do Caso Beatriz
No fim de 2021, os familiares da menina Beatriz iniciaram uma caminhada de 702 km, de Petrolina ao Recife, para fazer cobranças ao governador Paulo Câmara (PSB).
No caminho, eles foram recebidos por Raquel Lyra, pré-candidata ao Governo pelo PSDB-PE, e Marília Arraes, pré-candidata pelo PT.
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