CACHORRO

Conheça a história do ‘cãoguru’ que conscientizou sobre adoção de animais com deficiência

Tutores do cão buscam desmistificar a adoção de animais com deficiência

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Paloma Xavier

Publicado em 01/02/2022 às 18:07 | Atualizado em 03/02/2022 às 17:01
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Com informações do G1 Paraná

O pequeno cão Charlie Stedan, apelidado de “cãoguru” nasceu sem as duas patas dianteiras. Isso pode ser encarado como um problema para algumas pessoas, mas não para a estudante de medicina veterinária Stefany de Sá Medeiros, de Curitiba. A jovem adotou Charlie quando o cachorrinho tinha apenas dois meses e desde então conscientiza, junto ao seu namorado Daniel Soares sobre adoção de cães com deficiência.

Charlie ganhou o apelido porque, além de precisar se equilibrar nas patas traseiras para fazer a maior parte dos movimentos, sua cor é marrom - detalhe que também remete aos cangurus.

O caminho de Charlie e o de Stefany se cruzaram por acaso em 2020, durante a pandemia. A estudante de medicina veterinária recebeu uma foto de cães para adoção e viu Charlie escondido embaixo de outro cachorro.



Inicialmente, a jovem não percebeu que ele não tinha as duas patas dianteiras. "Eu queria pegar um cachorrinho e pedi indicação em um grupo. E aí uma mulher me chamou e me mandou uma foto de uma cachorrinha. Mas por baixo dela, estava o Charlie. Ele nem aparecia direito, mas na hora eu senti que era ele [...] Eu disse que gostei do que estava em baixo e pedi uma foto, mas ela me falou que ninguém ia querer adotar aquele porque ele não tinha as patas", contou ela ao G1 Paraná.

Stefany e seu namorado Daniel Felipe Moura Soares não se importaram com o detalhe e adotaram Charlie.

O casal decidiu criar um perfil para o cachorro no Instagram. Eles usam o espaço não apenas para compartilhar fotos e vídeos do pet, mas também para conscientizar as pessoas sobre a adoção de cães com deficiência.



Stefany diz que o casal teve que esperar para saber se a locomoção do “cãoguru” seria muito limitada: "Como ele era filhote, eles disseram para eu esperar porque ele ainda estava aprendendo a fazer as coisas. E havia a possibilidade de que ele se tornasse dependente da cadeira ou que ela limitasse ele de alguma forma.”

“Quando ele fez um ano nós compramos uma, com ajuda de uma rifa, mas ele não gosta de usar. É como se, para ele, aquilo não fosse normal", complementa.

 
 
 
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A estudante diz, ainda, que as pessoas precisam encarar o desconhecido para descobrir que a experiência pode ser positiva. "Eu vejo que muitas pessoas têm medo de adotar um animal assim, por desconhecimento mesmo. Acha que vai gastar mais, vai dar mais trabalho... Mas não. Eu tenho certeza que quem tiver um, vai se surpreender positivamente. Eles são incríveis. E ensinam muito pra gente".

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