Leitoa e cadelinha viram amigas em fazenda para animais com necessidades especiais; conheça a história
Na fazenda canadense, vivem cães, gatos, ovelhas, cabras, pôneis, porcos, patos, perus e galinhas
Nem sempre as pessoas estão dispostas a cuidar de um pet deficiente ou com limitações. Muitas vezes essas pessoas acabam maltratando, abandonando ou sacrificando os bichinhos. Para evitar - ou pelo menos reduzir - esse tipo de destino para os animais, a fazenda Charlotte’s Freedom, no Canadá, dá abrigo a bichinhos que seriam sacrificados. Foi lá que a cadelinha Winnie e a leitoa Wilma se conheceram.
A fazenda fica em Dresden, uma comunidade agrícola situada na cidade de Chattham-Kent, no centro-leste do Canadá. Muitos animais chegaram ao local na condição de órfãos ou portavam sérios problemas de saúde.
Na fazenda, vivem cães, gatos, ovelhas, cabras, pôneis, porcos, patos, perus e galinhas.
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A cadelinha Winnie nasceu com as pernas dianteiras malformadas e apresentou problemas de mobilidade logo nos primeiros dias de vida. O animal foi então levado à fazenda.
Lá os socorristas constataram que o problema da cachorrinha não eram apenas os membros subdesenvolvidos: o esterno (osso do tórax que se articula com as costelas) dela também não se formou de maneira adequada.
Devido a essa má formação, o coração e os pulmões da cadelinha não são protegidos com eficiência e ela precisaria se submeter a algumas cirurgias para reconstruir a caixa torácica.
Ao ser recebida na fazenda Charlotte’s Freedom, Winnie chegou a interagir com outros cães, mas as brincadeiras entre eles eram brutas demais para a pet fragilizada.
Os cuidadores perceberam que precisavam isolar a cachorrinha. Afinal, sua saúde é frágil para as brincadeiras que os outros cães costumavam fazer.
Além disso, os cuidadores teriam que controlar os movimentos de Winnie. Ela não pode saltar de locais muito altos e não tem fôlego para correr mais do que alguns minutos.
A cachorrinha foi isolada e começou a realizar o tratamento necessário para realizar a cirurgia - ela precisa completar pelo menos 12 meses antes de ter condições de enfrentar o procedimento.
Entretanto, o isolamento também trouxe um problema. Winnie ficava deprimida por não poder brincar e explorar a fazenda. Foi aí que surgiu a leitoa Wilma. Graças à fazenda, ela não foi sacrificada.
Em poucos minutos, Wilma e Winnie já estavam se tocando, se reconhecendo. Desde então, a dupla está sempre junta. O grude é tão intenso que se uma delas estiver tirando uma soneca, basta a outra entrar no mesmo cômodo para as brincadeiras começarem.
Wilma parece compreender que Winnie tem problemas de mobilidade e de capacidade cardiorrespiratória e sempre brinca com gentileza com a cadelinha.
A leitoa até dá pausas para que a cachorrinha recupere o fôlego. Os cuidadores, que estão sempre supervisionando as atividades da dupla, acreditam que elas tenham chegado a um acordo sobre as pausas entre as brincadeiras.