Momento raro de acasalamento entre várias sucuris é registrado por fotógrafo no MS; assista ao vídeo
Vídeo foi compartilhado nas redes sociais nessa terça-feira (8)
O fotógrafo Daniel de Granville flagrou uma cena rara, em Bonito, Mato Grosso do Sul: o acasalamento de uma sucuri-verde com vários machos. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais nessa terça-feira (8).
Na legenda, Daniel chamou o momento de “bolo de sucuri”. “Por trás das câmeras: registrando em imagens o raro momento de um bolo de acasalamento de sucuris-verdes no Brasil!”, escreveu ele na legenda.
A publicação foi feita nessa terça-feira, mas o registro é antigo, disse o fotógrafo.
Em entrevista ao Metrópoles, Daniel de Granville, que também é biólogo, contou que seu contato com as sucuris se intensificou há cerca de 15 anos. Ele disse que se mudou do interior de São Paulo para Bonito. Nas terras sul-mato-grossenses, ele passou a trabalhar como guia turístico e depois se especializou na fotografia.
Ainda ao portal, Granville disse que ao longo de todos esses anos, presenciou cenas raras com cobras gigantes: “O processo de acasalamento delas é bem diferente e lá em Bonito (MS) ocorre nos meses de inverno, quando o clima está mais seco. As fêmeas ficam mais expostas. Elas são maiores tanto de comprimento quanto de largura e, em casos extremos, podem pesar até 40 vezes o peso do macho. Uma fêmea copula com vários machos, o que a gente chama de bolo de sucuri”.
“Durante toda gestação, que dura 6 ou 7 meses, a fêmea não se alimenta, porque precisa deixar o espaço livre para o crescimento dos filhotes. A sucuri não bota ovo, os filhotes já nascem vivos. Então essa última refeição é antes de entrar em gestação e, às vezes, é um desses machos. Ela mata e se alimenta”, explicou o fotógrafo e biólogo.
Ele relatou experiências próprias. “Já encontrei uma situação dessa embaixo d’água, uma fêmea que estava com o corpo submerso e a cabeça de fora com um macho enrolado. Tudo indica que pode ter sido isso”.
Segundo Granville, a temporada das sucuris dura relativamente pouco, de julho a outubro - ou seja, muito antes da época da publicação. Depois disso, as serpentes entram em gestação e “desaparecem” até o momento do nascimento dos filhotes.