Ônibus da Região Metropolitana do Recife já estão com biometria facial

Publicado em 25/04/2019 às 8:00 | Atualizado em 12/05/2020 às 11:59
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Biometria facial é uma tecnologia bem mais moderna que a digital. Fotos são tiradas do passageiro enquanto ele passa na catraca. Fotos: Alexandre Gondim/JC Imagem

 

Esqueça o hábito de passar o dedo nos validadores dos ônibus para liberar a catraca, enquanto a fila de passageiros se forma atrás de você provocando constrangimento e atrasando o embarque. Isso agora é coisa do passado nos ônibus que operam na Região Metropolitana do Recife. A biometria digital, sistema que exigia a identificação do usuário pelas digitais, foi substituída pela biometria facial, uma tecnologia que faz a leitura da face. Praticamente todos os 2.900 ônibus que compõem a frota da RMR já estão equipados com os novos equipamentos, identificados por uma câmera instalada sobre o validador, em cima das catracas e ao lado do assento do cobrador.

A nova tecnologia, que chegou ao País em 2013, mas ganhou força somente a partir de 2015/2016, facilita a vida de todos: combate as fraudes nas gratuidades – que respondem, em média, por 20% do custo do sistema – e agiliza o embarque nos ônibus, evitando o atraso nas viagens provocado pelas filas que às vezes se formam quando a leitura da digital demora. O sistema vem sendo testado desde 2017, mas começou a ser instalado nos coletivos a partir de dezembro do ano passado. A expectativa é de que até o fim de maio ou início de junho toda a tecnologia esteja ativa nos coletivos.

O sistema fotografa todo mundo que passa na catraca. Automaticamente, descarta aqueles que são VEM Comum ou Trabalhador porque não usufruem de gratuidade. Em seguida, faz a verificação dos outros, retendo apenas aqueles em que a foto tirada não confere com o cadastro. Esses casos passam, então, por uma verificação manual, feita por nossos funcionários. São 15 mil verificações eletrônicas por dia e duas mil checagens manuais. Desse total, apenas 1% é bloqueado”, explica Pedro Luiz Ferreira, da Urbana-PE

 

A biometria facial funciona da seguinte forma: ao aproximar o cartão do validador, a câmera faz cinco fotos do passageiro sem que ele perceba. À noite, quando o ônibus retorna para a garagem, esses imagens são encaminhadas para a central da Urbana-PE – o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco –, na Boa Vista, onde é feita a verificação dos dados. Se as fotos do usuário não baterem com o registro existente nos arquivos da Urbana-PE, é feita uma checagem manual. Caso essa verificação também apresente diferença, só assim o cartão VEM será bloqueado.

 

 

Embora todos os passageiros sejam fotografados, apenas os que têm direito a algum tipo de gratuidade são checados pela nova tecnologia. São 400 mil cartões do VEM Estudante, Livre Acesso, Passe Livre e Rodoviários. Todos têm foto. “O sistema fotografa todo mundo que passa na catraca. Automaticamente, descarta aqueles que são VEM Comum ou Trabalhador porque não usufruem de gratuidade. Em seguida, faz a verificação dos outros, retendo apenas aqueles em que a foto tirada não confere com o cadastro. Esses casos passam, então, por uma verificação manual, feita por nossos funcionários. São 15 mil verificações eletrônicas por dia e duas mil checagens manuais. Desse total, apenas 1% é bloqueado”, explica Pedro Luiz Ferreira, da Urbana-PE.

 

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No caso de identificação de fraudes, o cartão é suspenso no prazo de 48 horas após a fotografia no ônibus. O bloqueio não é feito no momento do embarque do passageiro, apenas posteriormente. Um processo administrativo é aberto para que o usuário tenha direito ao contraditório e à ampla defesa. Se ainda assim os esclarecimentos forem insatisfatórios, o cartão é bloqueado. “Quando o passageiro for tentar usar novamente o cartão não conseguirá. E o cobrador não poderá fazer a liberação porque não há mais essa opção, como acontecia com a digital. Ou ele paga a passagem ou terá que descer do coletivo”, reforça Pedro Luiz Ferreira. O setor empresarial está investindo R$ 3,5 milhões no sistema de biometria facial e garante que são recursos do setor. Não saem da planilha de custo do sistema, ou seja, não está sendo pago pelo passageiro.

 

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