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Startup transforma cinzas de mortos em vinis personalizados

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Publicado em 02/05/2018 às 11:33
A empresa oferece vinis personalizados com as cinzas de um falecido Foto: Reprodução/Site Depois de morrer, como você gostaria de ser lembrado? Em alguns casos, pessoas optam pela cremação de entes queridos para poder guardar as cinzas como recordação, normalmente em um vaso na estante de casa. A startup britânica Andvinyly, no entanto, oferece uma opção diferente – e bem mais emblemática – para a preservação dos restos mortais em forma de pó, transformando-os em vinis especiais e exclusivos.

O PROCESSO DE CRIAÇÃO DOS VINIS

O serviço pode ser agendado previamente, antes de morrer, ou para alguém que já se foi. O processo funciona da seguinte forma: as cinzas do falecido são prensadas em um vinil e a empresa produz uma capa personalizada, que pode ser um retrato pintado. Para o conteúdo, são oferecidos 12 minutos de cada lado que podem ser preenchidos com o áudio de preferência do cliente. Podem ser usadas, por exemplo, gravações de conversas ou da voz da pessoa e  até suas músicas ou sons preferidos. Retratos do falecido podem ser pintados no vinil de lembrança Foto: Reprodução/Youtube Guardar as lembranças de um falecido dessa forma, no entanto, pode sair um pouco caro: de 900 a cerca de três mil libras, aproximadamente de quatro a 15 mil reais.  "É preciso encontrar um equilíbrio entre adicionar cinzas suficientes para que sejam enxergadas, mas não tantas a ponto de interferir no ‘groove’ suave que um vinil deve ter", explicou Jason Leach, o fundador. Se o cliente desejar um serviço ainda mais personalizado, com uma composição musical exclusiva como parte da homenagem, é necessário desembolsar mais 500 libras, que equivale a algo em torno de 2400 reais.

REFLETINDO SOBRE A MORTE

A Andvinyly foi criada pelo produtor musical em 2009. Em entrevista a BBC, Leach conta que, inicialmente, a ideia não era de ganhar dinheiro com isso, e surgiu quando ele estava simplesmente pensando sobre a morte. "Eu fiquei atônito com o pouco que eu ou qualquer um dos meus amigos consideramos ou até mesmo aceitamos sobre a nossa própria mortalidade, e como muitos de nós somos blindados da morte e das conversas em torno dela", comentou. Sobre o conceito dos vinis personalizados, ele diz: "Gosto de pensar nos meus tataranetos me ouvindo. Acho que isso é o mais próximo que eu conseguirei chegar de uma viagem no tempo".

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