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Cadela abandonada é adotada e ganha festa temática de desenho animado; veja fotos

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Publicado em 08/08/2019 às 17:27
Banguela ganhou uma festa da Patrulha Canina. Foto: Arquivo pessoal Há um ano, Banguela foi abandonada com mais duas cadelinhas às margens da BR-101 no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife. Mas a história que começou triste teve um final bem feliz. Ou seria um recomeço feliz? Banguela não só foi adotada como ganhou uma festa linda com o tema da Patrulha Canina, desenho animado cujos personagens principais são cachorros que formam uma equipe de resgate. Com direito a bolo, petiscos caninos e até vestido de festa, o evento contou com outros cãezinhos e até uma cabra entre os convidados. A foto foi publicada nas redes sociais e está repercutindo entre os internautas. Até esta quinta (8), já conta com mais de 50 mil curtidas e mais de 12 mil compartilhamentos no Twitter.
Festa de Banguela contou com vários convidados. Foto: Arquivo pessoal - Festa de Banguela contou com vários convidados. Foto: Arquivo pessoal
Fotos: Arquivo pessoal - Fotos: Arquivo pessoal
banguela -
Tudo foi organizado pela empresária Thaís Monteiro e seus pais, os novos tutores de Banguela. "Por termos casa de festa, a ideia logo vingou, e minha mãe passou a só falar disso no mês inteiro, organizou lista de convidados, comidinhas fornecidas pela Casa da Cath [hospedagem para animais], roupa sob encomenda e lembrancinhas para os convidados. O evento ficou massa, Banguela aproveitou que só e parecia que tava entendendo mesmo que era festa dela", contou Thaís. No dia 3 de setembro, completa um ano que Banguela foi adotada por Thaís e sua família. "Eu nunca fui uma pessoa de 'fofurômetro' estourar por cachorros, até Banguela aparecer", confessou. A decisão de adotar um animal veio quando ela voltou a morar no Recife depois de uma temporada em São Paulo, depois de muita conversa e apoio de uma amiga. "Eu lembro de no carro de pensar: 'Caramba, sei nem pegar em um cachorrinho'. Eis que chegamos, e os três filhotes saíram da caixa transportadora que estavam e a primeira foi o bicho preto desengonçado e lambendo minha perna. Essa era Banguela", relembrou. "Quase 1 ano de histórias engraçadas, sapatos e objetos destruídos e muito amor envolvido", complementou. [Confira o depoimento completo de Thaís no fim da matéria]

Resgate

A cadelinha foi resgatada pelo grupo de proteção animal SOS Amigos dos Animais, que atua no Recife. Segundo Laura Atanásio, coordenadora do grupo, ela foi a primeira a ser adotada, o que não é muito comum, pois cachorros pretos são, geralmente, rejeitados. Quem encontrou Banguela foi Fabiana Santos, que também faz parte do grupo de ajuda aos animais abandonados. "Eu estava saindo para passear com minha cachorra e uma vizinha me avisou que viu uma caixinha com três filhotes na BR. Eu disse que não poderia ajudar porque não tinha como abrigar os cachorros, mas, quando saí, vi a caixa e as três muito sujas, com muitos vermes e levei para minha casa", contou. A partir daí, Fabiana começou um trabalho intenso para fazer com que as cadelinhas fossem adotadas. Segundo ela, 12 pessoas se interessaram pelo animal de cor amarela, mas nunca dava certo. "Ela chegou a ser adotada e devolvida. Mas foi adotada de novo no sábado passado (3)", disse. Já a cadelinha cinza teve 22 interessados e também foi adotada. "A pretinha, geralmente, é rejeitada. Achamos que seria a última a ser adotada. Apenas uma pessoa se interessou, mas, na época, não podia tirar ela de perto das irmãs. Taís ajudou desde o princípio e disse que, quando ela estivesse bem, ela iria buscar", relatou. Nessa quarta (7), Fabiana foi surpreendida com as fotos da festinha de Banguela pelo WhatsApp. "Acordei um pouco triste e resolvi falar com os adotantes para saber como os animais estavam. Quando vi, recebi fotos da festinha dela, fiquei muito emocionada. Taís disse que a cachorra mudou a vida dela e dos pais, isso, para mim, foi muito gratificante", comemorou. "Esse retorno foi bom para eu pensar que tive mais casos positivos e negativos. Publicamos as adoções que deram certo para ver se as pessoas se animam para adotar, doar e compartilhar", acrescentou Fabiana.

Amigos dos animais

O grupo de proteção SOS Amigos dos Animais, que encontrou Banguela e suas irmãs, atuam no Recife desde 2015. 13 pessoas resgatam, quando possível cães e gatos, tratam os bichinhos e os disponibilizam para adoção. O grupo conta com ajuda de doações para sustentar os animais em hoteizinhos, tratá-los e levá-los ao veterinário. O SOS Amigos dos Animais surgiu a partir de um caso de duas mulheres que mantinham 130 cães em uma casa na Avenida Norte, do Bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Eles eram maltratados. "Até hoje temos cães desse caso. Um deles, que foi adotado há quatro anos e devolvido, foi adotado novamente nesta semana", contou Laura.
Hoje o grupo luta para que história de amor com os animais como a de Banguela se espalhem e incentivem mais pessoas a adotarem os bichinhos e não os abandonarem. Confira o depoimento de Thaís sobre a experiência de dar um novo lar a um animalzinho abandonado: Então, eu nunca fui uma pessoa de “fofurometro” estourar por cachorros, até Banguela aparecer. Minha história com cachorro tem pouco mais de 10 anos, e Banguela no dia 3 de setembro faz um ano na nossa casa. Banguela foi uma decisão meio sem pensar, eu tinha acabado de voltar a morar em Recife, após pedir demissão de um trabalho em São Paulo, e uma amiga, Marcela , madrinha de Banguela, tinha recem adotado Maionese, ela conversou comigo alguns dias de como era importante adotar e como não deveria existir compra e venda de cachorro, assim me sensibilizei e já sentia que tinha uma vontadezinha no coração de talvez ter um. Na mesma semana outra amiga, de grupos bem diferente, me mandou um cachorrinho para adoção, ai passei dois dias para pedir autorização e mostrar aos meus pais. Quando decidir mostrar e eles aprovaram , já era tarde...tinham levado o bicho dourado com preto para casa. Fiquei com ele na cabeça, mas na manhã do outro dia essa mesma amiga mandou uma bolinha preta de olhos meio cinza, banguela e trelosa, Banguela. Ai conheci o projeto das meninas, Fabi e Laura, porque Bangue tava lá com ela e mais três irmãzinhas. Fabi fez questão de me conhecer, porque me explicou que animais de pelagem preta são usadas em rituais e outras coisas na qual não sou muito familiarizada. Marcela, a amiga que tanto me falou de adoção, foi a apoiadora master de ir lá e conhecer Bangue, sem nenhuma pressão, mas com os olhinhos que brilhavam no caminho de saber da possibilidade do “Troll”, como meus amigo íntimos me chamam por ser destrambelhada, ter uma cachorrinha. E eu lembro de no carro de pensar: “Caramba, sei nem pegar em um cachorrinho”. Eis que chegamos, Fabi foi um amor, com sorrisão no rosto, e os três filhotes sairam da caixa transportadora que estavam e a primeira foi o bicho preto desengonçado e lambendo minha perna. Essa era Banguela. Depois de muito conversar, Marcela olha para mim e pergunta “tu não vai pegar ela no colo não?” e grava esse momento, sabendo que podia vir um bom motivo de risada. Dito e feito, Bangela simplesmente caiu da minha mão e continuou do meu ladinho...foi quando eu percebi que era para ser ela mesmo… Contei para os papais que era ela mesmo e começei a ser “mae” de cachorro mesmo, envolvi meus pais e amigos na compra de enxoval e nomes para Danguela, um dos apelidos carinhosos. Ela passou mais alguns dias na casa de Fabi e no dia 3 de setembro fui pegar ela, desta vez era só eu e ela no carro, ouvindo Preta de Anavitória. Uma música bem nossa, que ainda me arranca lágrimas quando eu escuto sem ela por perto. É basicamente dar amor, essa é a parte que eu não aguento “Não tem escolha quando o coração quem diz,Pretinha”. Eu chorei levando ela para casa, é como se eu não soubesse explicar exatamente o que vinha por ali, mas um carinho tão lindo dela comigo. Ela chegou em casa e começou a fase 1-apego. Meus pais que não queriam cachorro de jeito nenhum, não queriam ser chamados de vovó, vovô e não aceitavam a ideia de Banguela ser “minha filha”. O primeiro mês foi passando e comecei a ver eles em cenas bem bizarras, meu pai chegando do trabalho e deitando com ela para dar carinho e minha mãe botando no colo para dar comida, amolegando o bicho mais que tudo. Enfim, vi o quanto a energia de Banguela tava sendo renovadora lá em casa e como essa história de não quero animal é só porque sabe que vai se apegar kkkkk esse foi o caso deles. Lembro dos nossos primeiros dias de passeios, idas ao veterinário e até do dia que ela fingiu machucar uma patinha para ganhar atenção e besta do meu pai levar para o veterinário…enfim, são quase 1 ano de histórias engraçadas, sapatos e objetos destruídos e muito amor envolvido. A festa partiu dos meus pais, que nesse quase um ano tão se mostrando pior que avôs bestões, depois de uma conversa com Catharina, casa da Cath. A gente conheceu a hospedagem de Cath, @casadaCath - uma hospedagem domiciliar afetiva em Aldeia, quando íamos viajar para São Paulo e precisávamos deixar Banguezinha em um lugar com tanto amor igual a nossa casa, e esse lugar foi lá. Em uma ida nossa lá de adaptação de Bangurla com o espaço Catharina comentou que tinha feito uma festa bem legal para Felicia, uma dos pets dela, e minha mãe amou a ideia, Por termos casa de festa, a ideia logo vingou e minha mãe passou a só falar disso no mês inteiro, organizou lista de convidados, comidinhas fornecidas pela Casa da Cath, personagem vivo de Petequinha, roupa sob encomenda e lembrancinhas para os convidados. O evento ficou massa, Banguela aproveitou que só e parecia que tava entendendo mesmo que era festa dela.

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