Star Trek?

Pesquisadores criam holograma que pode ser sentido e tocado

O sistema "aerofático" é similar os outros com hologramas sensoriais de toque já existentes, mas se destaca em outros aspectos; confira

Imagem do autor
Cadastrado por

Raianne Romão

Publicado em 22/09/2021 às 12:44 | Atualizado em 22/09/2021 às 13:40
Notícia
X

Quem nunca assistiu 'Star Trek' e sonhou com a possibilidade de tocar e sentir hologramas semelhantes aos holodecks do filme? Agora essa 'fantasia' está se tornando realidade.

Pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, desenvolveram um sistema de holograma similar ao da obra ficcional. Os cientistas explicam que a tecnologia "aerofática" faz o uso de jatos de ar para que haja a sensação do toque.

Esses jatos de ar são capazes de fazer você sentir "os dedos, as mãos e os pulsos das pessoas", conta Ravinder Daahiya, professor de eletrônica e nanoengenharia, além de ser um dos pesquisadores que trabalhou no projeto.

O sistema "aerofático" é similar aos outros com hologramas sensoriais de toque já existentes. A diferença, porém, é que o sistema não faz uso de um controlador de mão ou luvas inteligentes para produzir a sensação de toque.

Ao invés de luvas inteligentes, é usado uma espécie de bico, capaz de corresponder aos movimentos da mão, que sopra ar com uma quantidade de força sobre a pessoa.

Como isso funciona na prática?

Ravinder diz que ele e sua equipe testaram isso com a projeção interativa de uma bola de basquete e contou que obteve sucesso. “[A bola foi] tocada, rolada e quicada de maneira convincente", tal como um objeto real. Imagina só?

“O feedback de toque dos jatos de ar do sistema também é modulado com base na superfície virtual da bola de basquete, permitindo que os usuários sintam a forma arredondada da bola enquanto a rolam com a ponta dos dedos ou quando a quicam, e o tapa na palma da mão, quando ela retorna”, contou o pesquisador.

Ravinder e sua equipe têm esperança de que, no futuro, o sistema possa ser bem utilizado para criar incríveis experiências com videogames, mas também para ajudar os médicos a cuidar e examinar seus pacientes a distância. Muito massa, né?

O estudo foi publicado no periódico científico Advanced Intelligent Systems.

Tags

Autor