Péssimo presente

Chaveiros vivos: conheça o caso dos animais que são aprisionados e comercializados como souvenir na China

Apesar de ser uma prática chocante, a mesma não é considerada ilegal e alguns chineses acreditam que o presente "traz sorte"

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Lívia Karolline

Publicado em 28/10/2021 às 20:07 | Atualizado em 28/10/2021 às 20:07
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Qual seria a sua reação ao passear por uma feira de artesanato e se deparar com vários filhotes de animais aquáticos presos em pequenas embalagens sendo vendidos como chaveiros? Pois bem, por mais que seja difícil de acreditar, desde 2008, essa é uma prática comum nos comércios ambulantes da China.

Filhotes de animais aquáticos como peixes, salamandras e até mesmo tartarugas são utilizados nesse comércio. Os animais são aprisionados em pequenas embalagens de plástico contendo água “colorida”, comercializados e vendidos por preços que variam de 6 a 12 Yuan, moeda chinesa que convertendo para Real fica entre R$ 5 e 10.

De acordo com os ambulantes responsáveis pela prática, a água em que os animais ficam aprisionados contém nutrientes que os alimentam por cerca de três meses. Informação que foi desmentida pelo professor Sam Walton, da Universiti Malaysia Terengganu, em entrevista ao The Star.

“Pode até haver oxigênio e alimento suficiente no saco plástico, mas as fezes desses animais contém substâncias tóxicas e isso vai matá-los, além disso, o choque térmico e o choque físico de ser balançado o tempo todo provavelmente vai matar o bichinho antes de qualquer outra coisa”, afirma o professor.

Diante dessas condições, os animais morrem dias ou até mesmo horas depois de ficarem confinados nos pequenos espaços.

Confira no vídeo mais detalhes sobre os chaveiros vivos

Alguns turistas e ativistas compram esses chaveiros aos montes apenas para libertar os bichinhos e devolvê-los à natureza.

Não é a primeira vez que a discussão acerca dessa prática volta aos assuntos mais comentados da internet: Em 2011, as imagens dos chaveiros fizeram com que vários ativistas e defensores dos direitos animais protestassem e criassem, inclusive, petições online para que o governo chinês tornasse a venda desses “produtos” ilegal.

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