Quando um atleta diz que não quer defender um determinado clube, o melhor que um diretor de futebol tem a fazer é deixá-lo de lado. Não insistir.
Escrevo isso após tomar conhecimento que o atacante Alecsandro está deixando o Cruzeiro para defender o Betis da Espanha. Para quem não lembra, Alecsandro foi o mesmo que defendeu o Sport na pífia campanha do Campeonato Pernambucano e a Série B em 2004. Sua passagem no clube foi apagada e isso não foi uma surpresa.
O atacante foi contratado pelo clube da Ilha ao Vitória, junto com Alessandro Oliveira e Léo Mineiro. Mas antes de se apresentar ao técnico Hélio dos Anjos, Alecsandro foi dizendo que não tinha vontade de atuar no Sport e que queria permanecer no Leão da Barra.
Depois da Ilha do Retiro, o atacante foi para a Ponte Preta, onde jogou bem e marcou gols. Em seguida, foi para o Cruzeiro, onde também está se destacando no Campeonato Brasileiro. Tanto que está indo jogar no Betis.
O que me espanta, no entanto, é o valor que será pago pelo clube espanhol. Segundo a agência Lance, o Cruzeiro receberá 3 milhões de euros (cerca de R$ 8,2 milhões) por 80% dos direitos do jogador.
Alecsandro é um exemplo de que o compromisso de um atleta com o clube deve ser levado em consideração na hora da assinatura do contrato.
