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Onde estão os grandes jogadores do Central?

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 22/04/2009 às 10:07 | Atualizado em 08/02/2023 às 10:40

Vadinho, Juscélio, Fernando Lima, Dudinha, Moacir, Pitico, Zé Carlos Macaé, Dirceu Catimba, Neto Maradona, Jorge Hipólito, Carlos Timbó. Todos esses grandes jogadores fizeram história no Central das décadas de 70 e 80, quando a Patativa representou  Caruaru honrosamente nos campeonatos nacionais das Taças de Prata e de Ouro, antigas Série B e A, respectivamente. Isso sem contar outros bons jogadores que despontaram para o futebol no antigo Pedro Victor de Albuquerque no primeiro qüinqüênio dos anos 90, tais como Janduir, Freitas, Mirandinha, Sergio Alves, Paulo César e Jailson.

Sim amigos, o Central sempre foi um celeiro de grandes craques do futebol pernambucano, uma referência do futebol nordestino. Ora revelando atletas da região, ora contratando jogadores badalados e ídolos em outros times, tais como Lela, atacante campeão pelo Coritiba em 1985, e Baiano, artilheiro nas três equipes da capital recifense.

É fácil perceber, pois, onde está um dos maiores erros do planejamento atual do Central Sport Club. O quase abandono das divisões de base e a contratação de jogadores velhos e desmotivados não contribuem para a formação de elencos identificados com a história do Central.

Cumpre lembrar que ainda no final de 2008 a formação do elenco se mostrou demorada e equivocada. A soma de jogadores velhos, machucados e de qualidade técnica duvidosa acarretou o desempenho medíocre no Campeonato Pernambucano de 2009, com derrotas para times com folhas salariais modestas e empates dentro de casa contra elencos inexpressivos. De outra parte, e não menos problemático, o time de juniores do Central foi formado às pressas e sem subsídios financeiros mínimos, tendo sofrido, então, goleadas e pancadas durante o certame.

Enquanto isso a fiel torcida alvinegra teve uma decepção daquelas em plena comemoração dos 90 anos do clube. Sem a classificação para a Série D e com a eliminação na Copa do Brasil, o futebol do Central se encerra e deixa a torcida órfã no segundo semestre. E se tivéssemos nos classificado com esse elenco? Será que sofreríamos também na Série D?

É nas categorias de base que nós alvinegros depositamos o futuro e a esperança para os próximos anos. A construção de um Centro de treinamento deigno é a única saída para aproveitar e garimpar os vários talentos da região agreste e também de outros pólos do interior. Somente assim será possível revelar jogadores do quilate de Moacir, hoje no Sport, e Fernando, atualmente no Barueri.

A nossa torcida é grande, altiva e se orgulha do estádio Lacerdão e das cores preta e branca. Merecemos e exigimos respeito com a história desse tradicional clube que tantas alegrias proporciona ao povo de Caruaru.  O CENTRAL SÓ SE AMA UMA VEZ, E É PRA SEMPRE!

 

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